Pesquisadores da Escola de Engenharia da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, criaram um mapa detalhado sobre o consumo de energia na cidade de Nova York. Disponibilizado na internet, ele mostra o total consumido por cada construção em todas as cinco áreas da cidade: Manhattan, Bronx, Brooklyn, Queens e Staten Island. O mapa também mostra os gastos por tipo de energia: eletricidade, água quente, aquecedor e ar condicionado.

As áreas que mais gastam energia são comerciais, que representam metade do consumo total e 30% das construções da cidade. Somente o centro de Manhattan usa mais energia que todo o Quênia, na África, afirmou o pesquisador Vijay Modi, co-autor do estudo no qual o mapa se baseou, em entrevista para o “The Wall Street Journal”.

As áreas de escritório em Manhattan aparecem em vermelho escuro no mapa, o que indica elevado consumo de energia. Já as áreas residenciais, como o Harlem, são amarelas ou laranja, cores que representam menor uso energético.

Nas residências, o maior gasto é com aquecimento. “Enquanto as discussões [sobre redução do consumo de energia] geralmente são focadas em uso elétrico, as construções residenciais de Nova York, sejam elas casas ou apartamentos, gastam muito mais energia na forma de aquecimento que em eletricidade. Quase todo esse aquecimento é obtido de óleo ou gás natural”, alertou Modi, em material de divulgação.

Pesquisa

A expectativa dos pesquisadores é que o mapa ajude urbanistas, engenheiros e políticos a entender a dinâmica do uso de energia na cidade e possibilite planejar soluções mais eficientes e que emitam menos gases do efeito estufa. Eles também esperam que a população busque saber qual é o consumo na sua área e reduza o uso de energia.

“Nós queremos iniciar um debate com a população de Nova York sobre eficiência energética e conservação, ao colocar o consumo de energia no contexto de todos os nova-iorquinos”, disse Bianca Howard, estudante de Ph.D. em engenharia mecânica e autora do mapa, em material de divulgação.

Segundo Modi, o mapa também pode estimular os residentes a criar alternativas de abastecimento energético coletivas, mais eficientes e menos poluidoras. Assim, por exemplo, prédios vizinhos, quarteirões ou mesmo bairros poderiam encontrar soluções integradas.

Para criar o mapa, os pesquisadores usaram dados sobre o consumo médio de energia de acordo com código postal. Em seguida, eles estimaram os gastos por construção.

Para conhecer os mapas, clique aqui.

Fonte: G1

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