Leonel Perondi, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), abriu a 9ª Reunião Plenária do Grupo de Observação da Terra (GEO, na sigla em inglês) realizada na última quinta-feira (22/11) em Foz do Iguaçu (PR). Organização intergovernamental que conta com 88 países, a Comissão Europeia e 61 organismos internacionais, o GEO está construindo um sistema global, denominado GEOSS, para permitir o melhor acesso da sociedade aos dados obtidos por satélites, entre outras tecnologias de observação da Terra.

Diretor do Inpe abre evento do grupo de observação da Terra
Plenária reúne cerca de 350 participantes de vários países e instituições

Durante dois dias, 68 delegações discutiram o compartilhamento de dados para o desenvolvimento sustentável, bem como o treinamento e infraestrutura para o seu melhor uso. O Brasil, pioneiro na adoção de uma política aberta e gratuita – o Inpe há oito anos disponibiliza na internet suas imagens de satélite –, é um dos membros mais ativos do GEO, tendo participação destacada desde a sua primeira Plenária, realizada em Washington (EUA) em 2003.

“O Inpe tem estado na vanguarda do GEO no Brasil e vai continuar totalmente engajado em suas iniciativas. Temos desenvolvido ferramentas de código aberto para a extração de informações a partir de dados de observação da Terra. Todas estas ferramentas estão disponíveis para os parceiros do GEO. Também oferecemos uma série de programas de formação em áreas relacionadas ao GEO”, disse Perondi.

Confira a íntegra do discurso do diretor do Inpe.

Cooperação

Por meio do Inpe, o Brasil, em parceria com a China, estabeleceu o programa “Cbers for Africa” para disponibilizar imagens gratuitas aos países daquele continente. Também realiza programas de educação e treinamento, oferecendo as tecnologias dos seus sistemas Prodes e Deter, destinados ao monitoramento de florestas. Assim, além de disponibilizar dados, o Inpe atua na construção da capacidade para recebê-los, interpretá-los, utilizá-los e levá-los com facilidade ao usuário final.

Esta é a primeira vez que a Plenária acontece no Brasil, como parte dos eventos associados à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20. Representando o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, o diretor do Inpe destacou o empenho do governo brasileiro em implementar projetos de cooperação internacional alinhados aos propósitos estabelecidos naquela conferência, no documento “O futuro que queremos”, que prevê o apoio a países em desenvolvimento nos seus esforços para coletar dados ambientais.

Perondi também destacou a resposta do Brasil a desastres naturais, como a criação pelo MCTI do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), e as atividades lideradas pelo  Ministério do Meio Ambiente (MMA) para a prevenção e controle do desmatamento na Amazônia, que contam com o suporte do Inpe.

“A necessidade de informações práticas sobre o planeta exige esforços de todos nós, que devemos explorar cada vez mais o potencial dos dados de observação da Terra no suporte a decisões e políticas públicas. Vivemos em um mundo de recursos finitos, com demanda crescente, e temos grandes responsabilidades com as próximas gerações”, disse o diretor do Inpe, que  agradeceu o apoio do Banco Mundial, através do Programa de Proteção das Florestas Tropicais, e do Ministério do Meio Ambiente, na  realização da Plenária do GEO no Brasil.

Fonte: Inpe


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