Por Humberto Figliuolo, da Imagem

GeoprocessamentoO imenso e diversificado território nacional torna difícil e onerosa a ação de governá-lo. A população, embora grande em termos absolutos, ainda é pequena para o espaço físico que tem de ocupar e está desigualmente distribuída no País. Além disso, devemos considerar que esta população apresenta descontinuidade em suas características físicas e culturais, não tendo – pelas condições em que vive – resistência necessária para enfrentar a presença crônica da subnutrição e das endemias.

É no verão, época mais quente e chuvosa do ano, que acontecem os grandes problemas para as prefeituras e governos – justamente a temporada em que as cidades entram em férias escolares e acolhem turistas brasileiros e estrangeiros. Nos últimos anos, acompanhamos tragédias ocorridas em várias cidades do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Fortaleza. Esses acontecimentos estão ligados diretamente às mudanças climáticas advindas da ação do homem e do crescimento urbano não planejado.

O maior desafio das prefeituras de todo país tem sido gerenciar situações comuns nesse período, como fortes chuvas, que causam enchentes, inundações e deslizamentos de terra em encostas e montanhas – que, por sua vez, atingem milhares de pessoas em situações de urgência e emergência. Além disso, ainda contam com problemas relacionados ao esgoto, escoamento das águas e acúmulo de detritos; falta de água potável, de alimentos e luz; desabamentos de imóveis, destruição de ruas e obras públicas, acúmulo de lixo e proliferação de doenças.

Para solucionar situações como essas, é fundamental um trabalho em conjunto entre secretarias municipais, empresas privadas e da própria população colaborando nos resgates e na reconstrução. Apesar de todo o trabalho de conscientização e o esforço do governo em proibir assentamentos em lugares de risco, estes ainda são comuns. Como consequência, os trabalhos da secretaria de Defesa Civil acabam sendo reativos e configuram-se no atendimento às emergências, nas ações de resgate e na remoção das vítimas de deslizamentos e inundações.

Além disso, com a falta de equipes especializadas e número insuficiente de profissionais para atender a toda população de uma grande cidade, enfermidades como hepatites, diarreias, febres e dengue, dentre outras, começam a se proliferar. Algumas destas doenças são causadas pela propagação de mosquitos, ratos e até mesmo pela sujeira da água. Assim começam os aglomerados de pessoas – em sua maioria crianças – nas unidades de saúde e prontos-socorros que, consequentemente, não conseguem dar vazão a tantas ocorrências em tempo hábil, ocasionando muitas vezes a perda de diversas vidas.

Se pensarmos bem, todas as secretarias municipais e estaduais acabam se envolvendo nos problemas causados pela falta de planejamento, pela ausência de uma política pública estruturada e negligência ao crescimento urbano. Nessas situações de emergência, especialmente no verão, acaba-se mobilizando o corpo de bombeiros, as secretarias de obras, de limpeza pública, de segurança pública e até mesmo a de transportes.

Há mais de dez anos ouvimos falar dos acidentes naturais nas épocas de verão e não sabemos o motivo pelo qual ainda sofremos tanto com estas consequências naturais. Usando os recursos tecnológicos e a inteligência geográfica, por exemplo, os gestores municipais conseguem mapear as áreas de risco criando sistemas inteligentes que avisam e antecipam à população sobre quando e onde esses episódios podem ocorrer.

Os Sistemas de Informações Geográficas apresentam informações aos tomadores de decisão que podem ser analisadas em conjunto gerando um panorama preciso sobre determinada situação em tempo real. O sistema funciona como repositório de dados locais que informa aos técnicos, em tempo real, os índices de chuva, chuva acumulada, chamados vindo de bairros ou periferia, informações do corpo de bombeiros, centrais de policia e de urgência, possibilitando determinar ações a serem executadas além de onde e quando os alarmes devem ser propagados.

Saltando das ações reativas para ações preventivas como essas, graças ao uso da tecnologia, os governantes conseguem assegurar aos cidadãos serviços de qualidade, segurança e moradia, itens primordiais sob a responsabilidade dos gestores públicos.

Artigo elaborado por Humberto Figliuolo, líder de Marketing para Governo Municipal da Imagem – Soluções de Inteligência Geográfica


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