Dois mil participantes de várias partes do mundo são esperados em Foz do Iguaçu (PR) para o XVI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto (SBSR), promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 2013, o evento reunirá no Complexo Rafain Expocenter, de 13 a 18 de abril, os principais especialistas do setor, pesquisadores, estudantes, gestores e empresários.

Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto 2013Especialmente no Brasil, um país de proporções continentais, o sensoriamento remoto é utilizado no levantamento de recursos naturais e no monitoramento do meio ambiente visando o desenvolvimento econômico e social. A observação de grandes áreas com sensores embarcados em satélites é mais eficiente, rápida e barata, tornando o sensoriamento remoto a ferramenta ideal para monitorar desmatamentos, queimadas, a expansão das cidades, safras agrícolas, o nível de rios e reservatórios, entre outros.

Realizado em diferentes cidades a cada dois anos, o SBSR vem crescendo em número de participantes, submissão de trabalhos científicos e na programação de sessões especiais. O atual programa já está sendo considerado o mais denso e abrangente em mais de três décadas de história do evento, tanto pelo currículo dos palestrantes convidados como pela diversidade de temas.

Pela primeira vez, além da observação da Terra, o simpósio abordará o sensoriamento remoto de outros planetas. “Sempre olhamos para baixo e desta vez teremos uma sessão voltada para cima”, comenta José Carlos Neves Epiphanio, da organização do SBSR. Coordenadora de Ciências Planetárias do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência espacial dos Estados Unidos (Nasa), a astrônoma Rosaly Lopes estará à frente da sessão especial “Sensoriamento Remoto de Superfícies Planetárias”, que mostrará como essa tecnologia serve ao estudo de Marte, do satélite Io de Júpiter e do satélite Titã de Saturno.

Outro destaque é a sessão que apresentará os planos e perspectivas do Landsat-8, satélite que representa a continuidade do programa norte-americano responsável por um registro único sobre a história do planeta Terra. “Teremos ainda sessões sobre novas tecnologias que envolvem radares e sensores laser, cada vez mais utilizados em trabalhos tanto para cidade como floresta, por permitirem medir pequenas alterações na superfície”, diz Epiphanio. “Também aplicações na geologia, como estudos sobre deslizamentos e até terremotos”.

Será abordado o desenvolvimento de sensores mais sofisticados e capazes de revelar detalhes do solo e de ecossistemas, as tecnologias para monitorar queimadas e outros sérios problemas ambientais, bem como os sistemas de geoprocessamento que criam cidades virtuais para auxiliar o planejamento urbano.

Especialistas discutirão experiências no Brasil, Europa e Ásia para capacitação de profissionais em sensoriamento remoto e sistemas de informação geográfica. O monitoramento ambiental do oceano, a exploração do pré-sal, as mudanças ambientais globais e o uso de dados de sensoriamento remoto no estudo do ciclo do carbono são mais alguns dos temas que serão abordados no SBSR.

Além das sessões especiais, a programação contempla uma variedade de cursos, workshops e um robusto programa acadêmico, que apresentará em sessões orais e de painéis (pôsteres) cerca de 1.200 trabalhos selecionados por uma comissão técnica formada por especialistas do Brasil e do exterior.

Organizado em parceria com a Sociedade de Especialistas Latino-americanos em Sensoriamento Remoto (SELPER), com o apoio da Fapesp, Capes e CNPq, o evento tem como patrocinadores AMS Kepler, Globalgeo, Imagem, Threetek, RapidEye, Instituto de Tecnologia de Pernambuco e Boeing.

Mais informações e a programação completa estão disponíveis no site do XVI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto (SBSR).


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