A Albatroz Aerodesign é um projeto de pesquisa e desenvolvimento de Sistemas de Veículos Aéreos Não Tripulados (Sis VANTs) de baixo custo, pré-incubado no Núcleo de Inovação, Negócios e Empreendedorismo (NINE) da Universidade Santa Cecília (Unisanta), em Santos (SP). A empresa esteve marcou presença na feira de produtos e serviços do MundoGEO#Connect 2013, lançando o VANT Gaivotão.

A 3ª edição do MundoGEO#Connect LatinAmerica, Conferência e Feira de Geomática e Soluções Geoespaciais, aconteceu em São Paulo (SP) de 18 a 20 de junho, e demonstrou a força do mercado de geotecnologia no Brasil e na América Latina. Ao todo, foram 3.540 participantes de mais de 25 países nas 20 atividades do evento, além de 150 palestrantes e 65 empresas expositoras em uma feira de 4.600 metros quadrados.

Visando desenvolver tecnologia de ponta para atender o mercado com um sistema VANT de alto desempenho, segurança, confiabilidade e facilidade operacional, a Albatroz criou o Gaivotão, uma aeronave desenvolvida especialmente para serviços de aerofotogrametria.

Albatroz Aerodesign lança VANT Gaivotão no MundoGEO#Connect 2013
Equipe da Albatroz no MundoGEO#Connect 2013. Pesquisador Floriano Peixoto (centro), Tadeu Antunes (esquerda) e Fábio Caldeira (direita), graduandos do curso de Engenharia Mecânica da Unisanta

Características do VANT

Para garantir um bom desempenho, é preciso que o VANT tenha grande estabilidade mesmo em condições de voo desfavoráveis, a fim de se obter imagens de alta qualidade que possam ser processadas e gerem um mosaico fotográfico o mais fiel possível da região que foi coberta. A aerodinâmica ultra refinada do Gaivotão é inigualável, proporcionando uma performance operacional excepcional. Suas asas de grande envergadura proporcionam alta estabilidade, e seu perfil ultrafino permite que a aeronave se desloque no ar com a mínima resistência ao avanço, obtendo uma ótima razão de planeio, o que se traduz em segurança em uma eventual perda de motor, o que lhe permite um voo planado de grande alcance.

Sua velocidade de stall (velocidade em que a aeronave perde a sustentação) é de apenas 30 km/h. Isso faz com que ela tenha grande segurança em decolagens e pousos, pois quanto menor a velocidade de stall, menor é o risco de algum acidente nestas fases críticas do voo. O VANT tem capacidade de decolar e pousar de maneira completamente autônoma, não necessitando de um piloto experiente para operá-lo.

“É o VANT mais seguro do mercado em sua categoria. Todos os seus sistemas são duplicados e independentes,
e o controle de voo pode ser feito de duas maneiras, completamente autônomo ou remotamente pilotado”, afirmou Floriano Peixoto, Pesquisador da Albatroz Aerodesign. Segundo pesquisador, com o plano de voo pré-programado, uma vez gravado no computador de bordo, o voo é executado sem necessidade de mais nenhuma interferência “Os sistemas de controle avançados fazem do Gaivotão o VANT mais seguro de sua categoria”, afirmou.

Os dois sistemas podem ser intercalados durante o voo, e os sistemas de comunicação destes dois modos são totalmente independentes tanto em hardware quanto em rádio freqüência. Em caso de falha de um deles, o outro é capaz de trazer a aeronave em segurança até o solo. Caso haja perda do sinal de rádio, o Gaivotão retorna automaticamente para o local de decolagem.

Albatroz Aerodesign lança VANT Gaivotão no MundoGEO#Connect 2013-2De acordo com o pesquisador, o acompanhamento do voo do VANT também é feito de duas maneiras. Utilizando-se de uma estação de solo, com tela de computador mostrando num mapa aéreo o deslocamento da aeronave em tempo real  com um painel de instrumentos, que indica sua inclinação nos três eixos, velocidade, direção de deslocamento, altitude e carga da bateria. Através da estação de solo pode-se também alterar a rota de voo ou enviar comandos para que ele retorne para o local de lançamento, cancelando sua missão. A segunda maneira é através de um receptor de vídeo que recebe as imagens online da câmera que está sendo utilizada para o trabalho de aerofotogrametria, ou uma segunda câmera instalada a bordo.

As superfícies aerodinâmicas de comando do Gaivotão são todas duplicadas. São 2 ailerons (responsáveis por inclinar as asas para fazer uma curva) em cada asa; 2 lemes (mudam sua direção) e 2 profundores (fazem o VANT subir ou descer) formando 2 conjuntos com mecanismos de acionamento (servos) independentes em cada uma dessas superfícies. Caso haja uma falha em qualquer um destes mecanismos, a aeronave tem condições de continuar voando. Cada conjunto de comando está ligado a um receptor de rádio. Se houver falha em um dos receptores o outro mantém o voo com total segurança e estabilidade. Por fim, há também um pára-quedas de emergência.

“O Gaivotão foi projetado para não cair. A Albatroz Aerodesign tem o conceito de que um VANT deve ser tão ou mais seguro do que uma aeronave comercial. Mas se ele cair, seu pára-quedas garantirá que não causará danos em sua estrutura e equipamentos embarcados, nem em solo”, afirmou Floriano Peixoto. “A aeronave exposta pode ser modificada para receber câmeras e sensores de maiores dimensões, bastando para isso que se troque sua fuselagem. Sua autonomia pode ser aumentada e o VANT pode receber trem de pouso. O objetivo da Albatroz é atender seus clientes com uma aeronave que supra cada necessidade”, completou o pesquisador da Unisanta.