Segundo a Agência Espacial Europeia, perto da 00:00 GMT desta segunda-feira (11/11), o satélite Goce reentrou na atmosfera da Terra numa órbita descendente que passou por cima da Sibéria, do Pacífico ocidental, do Índico oriental e da Antártica. Até o momento, de acordo com a ESA, nenhum dano foi relatado.

Momento em que o satélite Goce reentrou na atmosfera da Terra, perto das Ilhas Falkland. Foto: ESA

A maior parte do satélite foi desintegrado no ar, mas estima-se que alguns fragmentos, representando 25% dos 1100 quilos do Goce, tenham atingido a superfície terrestre.

“O satélite Goce de uma tonelada é apenas uma pequena fração dos 100-150 toneladas de objetos que reentram anualmente na atmosfera da Terra”, disse Heiner Klinkrad, chefe do Escritório de Detritos Espaciais da ESA.

Depois de mais de quatro anos mapeando a gravidade da Terra com grande precisão, a missão do satélite Goce chegou ao fim no dia 21/10, após ficar sem combustível. O satélite estava em órbita desde março de 2009, e atingiu o seu objetivo de mapear a gravidade do nosso planeta com uma precisão inigualável.

Geóide produzido pelo satélite Goce

Para ser capaz de medir a força da gravidade da Terra, o satélite estava voando em uma órbita extremamente baixa, a 255 km de altura – cerca de 500 km mais baixa do que a órbita da maioria dos satélites de observação da Terra. A redução da órbita aumentou sua precisão e resolução de medições do Goce, melhorando a visão da dinâmica dos oceanos e correntes.

O primeiro “geóide” produzido com base em medições de gravidade do satélite Goce foi lançado em junho de 2010. O geóide é a superfície de um oceano global ideal, na ausência de marés e correntes, formado apenas por gravidade. O modelo é uma referência fundamental para a realização de medições precisas da mudança de circulação dos oceanos, do nível do mar e das dinâmicas do gelo.


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