Chamada pública selecionará até o próximo dia 11 de abril propostas de instituições com sede no estado de São Paulo para apoio a iniciativas de conservação da natureza no Lagamar
Qual o impacto das mudanças climáticas para a biodiversidade e como se adaptar a eles, reduzindo seus impactos ou eliminando-os? Essas são as principais questões que uma recém-lançada chamada pública de apoio a projetos procura responder. Promovida em conjunto pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), ela disponibilizará R$ 5 milhões para projetos com esses focos, realizados por instituições paulistas e que tenham duração de até 48 meses. Projetos de instituições de outros estados, em parcerias com instituições paulistas também serão contemplados.
As inscrições podem ser feitas até o próximo dia 11 de abril por meio do site www.fapesp.br e a seleção das propostas será realizada por análises de mérito e comparativas. A chamada pública tem dois focos principais: um que abrange cenários climáticos futuros e seus impactos sobre a biodiversidade; e outro relacionado ao monitoramento de espécies do chamado Lagamar e seus habitats, incluindo ambientes continentais e marinhos, considerando suas variáveis climáticas.
Estuário de vida marinha é região prioritária
Conhecido como Lagamar, o Complexo Estuarino-Lagunar Iguape-Cananéia-Paranaguá será priorizado, sendo que o objetivo da chamada pública é selecionar pesquisas realizadas em seu interior e área de entorno. Considerado um dos maiores berçários de vida marinha do mundo, o Lagamar localiza-se entre o litoral sul de São Paulo e o litoral paranaense, em uma região que abriga o maior remanescente contínuo de Mata Atlântica do país. Sua importância biológica levou o Ministério do Meio Ambiente (MMA) a criar, em 1996, o Mosaico de Áreas Protegidas do Lagamar, que prevê a gestão integrada de suas unidades de conservação.
Desse modo, a chamada pública contribui para a complementação dos esforços públicos de conservação do bioma mais ameaçado do país, em uma região próxima ao maior aglomerado urbano brasileiro e com elevada importância para a biodiversidade. Em São Paulo, 19 unidades de conservação estão entre as que serão priorizadas na chamada pública, enquanto no Paraná são 26, incluindo a Reserva Natural Salto Morato, Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) mantida pela Fundação Grupo Boticário.
Incentivo à pesquisa
O aporte financeiro de R$ 5 milhões foi viabilizado a partir de uma contrapartida de 50% de cada uma das instituições. A Fundação Grupo Boticário é uma das principais apoiadoras de projetos de conservação da natureza, ligada à iniciativa privada, do país – já tendo apoiado 1.377 projetos em todo o Brasil. A Fapesp, criada em 1962, é uma das principais agências brasileiras de fomento à pesquisa. Mantida pela transferência de 1% das receitas tributárias do estado de São Paulo, em 2013 a instituição investiu R$ 1,1 bilhão para o apoio a projetos de pesquisa.
Para o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, a iniciativa conjunta contribui para tornar efetiva a aplicação de resultados. “Com essa chamada pública, pretendemos somar esforços para intensificar pesquisas em biodiversidade e clima, buscando projetos de alto impacto científico. Aliando o financiamento estatal ao privado, podemos intensificar o apoio a pesquisas de alta qualidade”, afirma Brito.
A diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes explica que a chamada pública contribuirá para ampliar os impactos das ações de conservação na região, relacionadas às mudanças climáticas. “Nosso objetivo é que os projetos apoiados gerem conhecimentos que subsidiem ações e estratégias de adaptação às mudanças climáticas na região do Lagamar, garantindo resultados efetivos na proteção de espécies e ecossistemas”, afirma.
As pesquisas apoiadas contribuirão para o que o país conheça mais a biodiversidade do Lagamar, além de indicarem importantes ferramentas e estratégias para a proteção de espécies e áreas naturais, no que se refere à questão climática. As inscrições para a chamada pública podem ser feitas até 11 de abril por meio do site www.fapesp.br.
Fonte: Agência Fapesp
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