Pesquisas esquadrinham o mercado de geomática e soluções geoespaciais. Resultados mostram características, tendências e desafios do setor

Pesquisas de mercado são as melhores ferramentas para empresas e instituições de um setor conhecerem com detalhes o estado atual de uma tecnologia e as tendências para os próximos anos. Através do conhecimento adquirido com as pesquisas feitas desde 2012 pelo portal e revista MundoGEO, agora o Instituto GEOeduc passsa a oferecer também resultados de pesquisas de mercado e também estudos sob demanda.

Em 2012 foi iniciada uma série de pesquisas sobre a relação entre os usuários e os fornecedores das principais tecnologias para coleta, processamento, análise e compartilhamento de dados geoespaciais. Ao todo, foram mais de 3 mil participantes, que responderam aos questionários propostos e compartilharam suas opiniões sobre dificuldades, capacitação, investimentos, legislação, desafios, entre outros aspectos do mercado de geotecnologias.

Veja a seguir um resumo dos principais resultados das pesquisas sobre: sensoriamento remoto, receptores GNSS, sistemas de informação geográfica(GIS), estações totais, Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), laser scanner terrestre e softwares para topografia.

Sensoriamento Remoto

A pesquisa sobre sensoriamento remoto mostrou, entre outros resultados, que quase metade dos usuários (44,8%) atua na maior parte do tempo com integração de imagens com Sistemas de Informação Geográfica (GIS, na sigla em inglês), seguido de processamento de imagens (28,5%), enquanto uma pequena parcela trabalha com a coleta direta de dados ou com o compartilhamento das informações.

Receptores GNSS

Já a pesquisa sobre Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS, na sigla em inglês) mostrou que a grande maioria dos participantes (66,4%) usa receptores GNSS para Georreferenciamento de Imóveis Rurais, além de outras aplicações. Além disso, 57,8% indicaram que ainda não são usuários da tecnologia RTK, dos quais 61,7% indicaram o alto preço como maior empecilho.

GIS

A pesquisa com os usuários de GIS teve a participação de 820 pessoas e mostrou que a grande maioria (40,9%) atua com GIS para a criação de mapas temáticos. Sobre os tipos de dados, 57,2% afirmaram usar imagens aéreas, seguidas de perto por dados de topografia (56,7%) e imagens orbitais (53%). Somente 15,8% afirmaram que trabalham com GIS 3D. Por outro lado, 41,7% pretendem utilizar em breve. Quase a totalidade (93,8%) entendem o que é gerenciamento de dados e sua importância para a organização, porém apenas 40,8% afirmaram que sua empresa possui uma política de gerenciamento de dados e metadados.

Estações Totais

Os resultados da pesquisa feita com os usuários de Estações Totais mostram que a maioria (45%) atua como operador em campo. As áreas com maior atuação são Georreferenciamento de Imóveis Rurais e Obras, e a aplicação mais comum entre os usuários é em Levantamentos planialtimétricos. Apesar de 64,2% dizerem-se plenamente tranquilos quanto aos avanços tecnológicos, é preocupante a taxa dos que estão inseguros (4,8%) ou então razoavelmente seguros (31,1%), o que demonstra que as informações sobre novidades devem ser cada vez mais explicitadas.

VANTs

Tecnologia que ganha cada vez mais usuários a cada dia, os VANTs (ou Drones) podem ser usados para diversas aplicações, desde inteligência e defesa, até a produção de mapas. Com grandes possibilidades de crescimento, o mercado de aeronaves remotamente pilotadas ainda gera muitos questionamentos, principalmente em relação à qualidade dos produtos gerados, à automatização dos processos e à regulamentação do setor. A pesquisa demonstrou que a maioria (61,5%) ainda não trabalha com VANTs. Os motivos mais citados são falta de conhecimento sobre a tecnologia e preço dos equipamentos.  Dos que já usam a tecnologia, a maioria atua com ensino/pesquisa, seguidos de operação em campo e integração de imagens com GIS. Os setores com maior uso são meio ambiente, florestal e infraestrutura. Quanto ao tipo de asa, a maioria usa equipamentos com asa fixa. Já quanto ao porte, os mais usados são os de pequeno porte ou mini VANTs (de 2 a 7 quilos). Um resultado preocupante desta pesquisa revela que 71,3% afirmaram não conhecer a legislação de VANTs no Brasil e 74,4% indicaram que têm conhecimento básico em termos de segurança em relação aos componentes de um VANT.

Laser Scanner Terrestre

A pesquisa mostrou que a grande maioria (76,9%) ainda não está usando Laser Scanner Terrestre. Dos que já utilizam, a maior parte trabalha com coleta de dados em campo e posterior processamento de dados em escritório. As áreas com maior uso são cartografia, mineração e infraestrutura. Um resultado interessante revela que 81,0% consideram o mercado de Laser Scanner terrestre promissor no Brasil. Dentre as áreas com maior potencial, as mais citadas foram mineração, florestal, estradas, indústria, óleo & gás.

Softwares de Topografia

A pesquisa realizada entre os usuários revelou que a grande maioria (56,6%) utiliza softwares topográficos para processamento de dados em escritório. Em relação aos tipos de equipamento, 75,4% necessitam que o software se comunique com Estações Totais, seguido por Receptores GNSS (57,5%), Coletores (44,6%) e, por fim, Laser Scanners (8,8%).

Pesquisas de Mercado

O Instituto GEOeduc tem como proposta elaborar pesquisas internas para auxiliar a definição de demandas por cursos online e presenciais, além de aprofundar as pesquisas de mercado e oferecer os resultados para as empresas.

As pesquisas de mercado são voltadas para empresas do setor de geotecnologia e instituições usuárias de dados e serviços geoespaciais que precisam de informações estratégicas do mercado para tomada de decisão. Adquirindo esta pesquisa, as empresas recebem um resumo com os números e gráficos dos resultados, além das respostas abertas (dados pessoais dos participantes serão omitidos, por questão de privacidade).

Para a elaboração das pesquisas, o GEOeduc conta com uma moderna plataforma de recebimento online de respostas, banco de dados segmentado e estrutura para coleta de dados por diversos meios. Caso uma empresa ou órgão público tenha interesse, o Instituto GEOeduc pode realizar uma atualização das pesquisas atuais e/ou elaborar um estudo otimizado para uma necessidade específica.