Premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Sistema de Alerta Precoce de Secas e Desertificação (SAP) foi criado para responder aos desafios das mudanças climáticas. Consiste em um banco de dados geográficos com informações físico-ambientais e socioeconômicas que permite a interação de indicadores de seca e desertificação.

O projeto foi desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) e é realizado em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA). Sua importância no combate à degradação do solo e da desertificação para a convivência com o Semiárido motivou a premiação pelo programa Dryland Champions, da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD, na sigla em inglês). 

A ferramenta integra dados de sensoriamento remoto e previsões do tempo para permitir uma avaliação contínua das áreas mais suscetíveis, melhorar a compreensão dos efeitos combinados da seca e desertificação. Trata-se de uma ferramenta de planejamento sustentável para os tomadores de decisão.

Cenários indicam que a região semiárida do Brasil é muito vulnerável à variabilidade climática e, particularmente, aos seus extremos. Mudanças no uso e cobertura da terra na região foram aceleradas nas últimas décadas devido a fatores climáticos e atividades humanas.

“O projeto também fomenta a formação de recursos humanos especializados em estudos de desertificação”, destaca a pesquisadora Rita Marcia da Silva Pinto Viera, do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) do Inpe. Ela é autora da tese de doutorado “Indicadores e precursores do processo de desertificação no Semiárido brasileiro”, orientada por Javier Tomasella e Regina Célia dos Santos Alvalá.

Parte da solução

O certificado “Dryland Champions – Eu sou parte da solução” foi entregue pela ministra Izabella Teixeira (MMA) no dia 16, em Brasília, a Rita Marcia da Silva Pinto Viera, que representou o Inpe na cerimônia em que foram reconhecidos 16 projetos de várias instituições brasileiras.

Outra unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Instituto Nacional do Semiárido (Insa), está entre as que receberam a certificação. Saiba mais neste link.

Fonte: MCTI