O Galileo, sistema de navegação por satélite da União Europeia, contará com mais dois satélites que serão lançados em um foguete russo, o Soyuz, a partir da Base Espacial Europeia, na Guiana Francesa, no dia 21 de agosto. A equipe responsável pelo lançamento finalizou os últimos preparativos para assumir o controle dos satélites.
O ponto crucial da operação acontecerá quando os dois satélites se separarem de sua fase superior, denominada LEOP.
A fase de lançamento LEOP (sigla para Launch and Early Orbit Phase) é executada a partir do Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC), em Darmstadt, na Alemanha, e consiste em uma das fases mais críticas da missão. Isto se deve por se tratar de um procedimento no qual os engenheiros de operações espaciais assumem o controle dos satélites, depois de eles serem separados do veículo de lançamento, até o momento do posicionamento em órbita.
Se tudo ocorrer bem, o processo LEOP levará cerca de uma semana para ser concluído, para então o controle dos satélites ser entregue ao Centro de Controle do Galileo em Oberpfaffenhofen, na Alemanha, onde serão supervisionados.
Uma equipe conjunta da ESA e doCentro Nacional de Estudos Espaciais (CNES), agência espacial francesa, supervisionou o LEOP dos quatro primeiros satélites Galileo, lançados em pares nos anos de 2011 e 2012. Segundo o diretor de voo da Galileo no ESOC, Hervé Côme, o sistema Galileo e seus operadores têm estado em treinamento e simulação desde março.
Os novos satélites participaram de testes com o sistema Galileo com a finalidade de assegurar a compatibilidade com os sistemas terrestres de modo a garantir a precisão dos serviços de navegação, estendendo-se para as estações terrestres distantes pertencentes à ESA e à Agência Espacial Francesa (CNES).
Com o lançamento dos satélites, a Europa avança para a consolidação de seu próprio sistema de navegação que será concorrente do norte-americano GPS.