Acesso à informação estratégica deve ser prioridade

“O futebol é a coisa mais importante dentre as menos importantes na vida”.
“A Alemanha tem mais de 100 prêmios Nobel e o Brasil nenhum”.
“A conferência Intergeo, que acontece anualmente na Alemanha, terá neste ano como principais palestrantes os ministros da Defesa, do Meio Ambiente e a Secretária de Estado de Economia e Energia.”

Os alemães perderam guerras, mas conquistaram sua força econômica devido ao planejamento. Fazer uma comparação com o Brasil não é possível, pois existem inúmeras diferenças estruturais e culturais envolvidas. Olhar e avaliar os bons exemplos, no entanto, é um bom caminho.

No Brasil, mesmo em relação às necessidades básicas da população brasileira – como saúde, educação e segurança – temos avançado. Mas o que temos que fazer é melhorar muito mais rápido nestes e em outros setores.

O fundamental é que governantes não façam política pensando só na próxima eleição, mas sim no longo prazo.

A escolha de gestores nunca deve ser baseada em acertos políticos, mas sim na competência e pela honestidade dos escolhidos.

Se tratando do setor de geo, a política Nacional de Geoinformação já passou da hora de sair do papel. Décadas se passam e as coisas seguem devagar. Informações geoespaciais atualizadas devem ser acessíveis aos tomadores de decisão, e não permanecer inalcançáveis pela burocracia.

Temas secundários desta política, mas não menos importantes, devem ser a “interoperabilidade dos dados para multiusos”, a “não sobreposição de informações” (que provoca desperdícios de recursos) e a “garantia da qualidade das informações obtidas”.

Mais importante que organizar nosso futebol é investirmos em educação de qualidade para buscarmos ganhar os cobiçados prêmios Nobel. E que nossos dirigentes, ao participarem de eventos, não o façam somente por protocolo, mas sim pensando em comunicar informações relevantes para
a comunidade.

Que o(a) futuro(a) presidente(a) adote a meritocracia, a intolerância ao mau uso da coisa pública e a aversão a indícios de corrupção. Que não se estimule a divisão de classes num país maravilhoso como o nosso. Temos uma miscelânea de povos e culturas que nos faz únicos. Através da força deste caldo cultural, vamos avançar para nos consolidar como uma nação justa, soberana, economicamente forte, moderna e, acima de tudo, democrática, sempre em sintonia com as transformações e desafios globais.

 Emerson Zanon Granemann
Engenheiro cartógrafo, diretor e publisher do MundoGEO
emerson@mundogeo.com