centro-geoinformacao-defesaObjetivo é atuar na gestão de dados espaciais de defesa produzidos pelas Forças Armadas, com aplicação civil

Criar um Centro de Geoinformação de Defesa capaz de atuar como unidade gestora da infraestrutura de dados espaciais produzidos pelas Forças Armadas e, simultaneamente, com aplicação civil. Essa foi a principal ideia em debate no I Seminário da Comissão de Meteorologia Militar e II Seminário da Comissão de Cartografia Militar, realizados na semana passada, na 3ª Divisão de Levantamento do Exército, em Olinda (PE).

Geoinformação, ou informação geográfica, consiste no uso de dados espaciais com finalidade de localização.

Na área de defesa, a ferramenta tem sido usada em conflitos armados, uma vez que, com ela, é possível gerenciar, analisar e produzir informações geoespaciais. A iniciativa também pode ser aplicada no planejamento de segurança em grandes eventos, por exemplo.

Durante o encontro, o vice-chefe de Logística da Defesa, general José Orlando Ribeiro Cardoso, destacou que o Centro de Geoinformação desempenhará um papel complementar ao já realizado pelo Sistema de Informações Gerenciais de Logística e Mobilização (SIGL), que integra informações para possibilitar a interoperabilidade, ou seja, a capacidade de as três Forças Armadas atuarem de forma conjunta e articulada.

“É aqui que podemos ver o que fazer no futuro para esta área. A geoinformação de defesa vai englobar tudo, inclusive a meteorologia, e estará alinhada ao SIGL”, afirmou.

Infraestrutura e marco legal

Durante o encontro dessa semana, foi debatida a importância de se criar uma normatização especifica para o setor de infraestrutura e dados espaciais, que fosse capaz de assegurar o pleno funcionamento de sensoriamento remoto, cartografia militar e meteorologia de defesa.

Geoinformação e Aerolevantamento

De acordo com o coronel Omar Antonio Lunardi, da Diretoria de Serviço Geográfico do Exército, a infraestrutura consistirá numa base de dados única e compartilhada. Segundo ele, entre as determinações estabelecidas, está a criação de um comitê, com publicação dos integrantes em portaria ministerial. No documento deverá constar a definição e responsabilidades desses membros.

“Em primeiro lugar, o comitê será responsável por realizar um diagnóstico das infraestruturas de dados espaciais das Forças, visitando produtores e usuários. Para isso, é fundamental que Marinha, Exército e Aeronáutica nos digam o que necessitam”, enfatizou o coronel.

O sistema poderá contar, ainda, com a participação das Polícias Federal e Rodoviária, além do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Este projeto não é só da área militar. Futuramente, ele irá atender à sociedade. Estamos desenvolvendo algo novo”, finalizou o general Orlando.

Fonte: Portal Brasil

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