É chegada a hora de lançar a primeira edição do suplemento Drone#Show na revista MundoGEO, o qual dará suporte ao evento homônimo que será realizado em São Paulo (SP) nos dias 20 e 21 de Outubro de 2015. Dedicamos este editorial à necessidade de discussão e da regulamentação das atividades comerciais dos veículos aéreos não tripulados (VANTs), popularmente conhecidos por Drones

É urgente uma resposta à sociedade por parte  da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). Por um lado, os usuários têm demonstrado grande ansiedade em relação ao uso desta tecnologia em áreas criticas, como monitoramento de obras, torres de transmissão, dutos e grandes multidões, segurança, serviços de emergência e saúde pública, como na identificação rápida de focos de dengue no Brasil, entre inúmeras outras aplicações.

Na parte de mapeamento, são inúmeras as demandas para os setores de agricultura, meio ambiente, florestal, identificação de construções clandestinas, transporte, energia, telecomunicações e infraestrurura em geral. Em paralelo, existem os usos mais populares, tais como entretenimento, publicidade, propaganda, etc..

Sabemos que o tema requer atenção devido às questões ligadas a segurança de voo, proteção de vidas e da privacidade, principalmente em áreas urbanas. Nos Estados Unidos, pelo que parece, após a queda de um drone nos jardins da Casa Branca, a regulamentação avançou. Penso que as regras podem, inclusive, coibir usos indevidos e, de certa forma, garantir mais segurança para os cidadãos que vão explorar esta tecnologia comercialmente.

Esta legislação deve vir acompanhada da liberação de campos de provas nas grandes cidades, para que os equipamentos possam ser testados com mais facilidade pelas empresas que fabricam os drones por aqui, e também para as que importam os equipamentos com fins de comercialização, recreação ou ainda para uso profissional.
Já está ficando recorrente a aparição de drones em novelas, telejornais e programas de grande audiência na televisão. Até mesmo em escolas de samba no carnaval carioca o seu uso está ficando mais comum.

Sabemos que existe um mercado bilionário mundial associado a esta tecnologia e, em tempos de crise, é fundamental uma maior agilidade na liberação – pelo menos por etapas – desta regulamentação. Além dos equipamento importados existentes no mercado brasileiro, há pelo menos mais de 20 empresas nacionais, startups com modelos já desenvolvidos e investidores esperando o sinal verde do governo para produzir drones nacionais. O pleno funcionamento deste setor irá provocar um aquecimento na economia, através da geração de empregos e do surgimento de novos prestadores de serviços desta tecnologia revolucionária.

Espero que possamos anunciar ainda este ano novidades concretas sobre este tema.

Emerson Zanon Granemann
Engenheiro cartógrafo, diretor e publisher do MundoGEO
emerson@mundogeo.com