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Dirigentes da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) assinaram na terça-feira (1) um acordo de cooperação para pesquisa.

Na sede da Fapesp, Leonel Fernando Perondi, diretor do Inpe, e Milton de Freitas Chagas Junior, presidente do Núcleo de Inovação Tecnológica do instituto, foram recebidos por Celso Lafer, presidente da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico, e José Goldemberg, membro do Conselho Superior e presidente designado da Fundação a partir de 8 de setembro.

Voltado a empresas sediadas no estado, o objetivo do acordo é apoiar projetos cooperativos de pesquisa que levem ao desenvolvimento de novas tecnologias, sistemas e equipamentos, com base em temas estabelecidos conjuntamente pelas duas instituições.

O Inpe participa, juntamente com a Fapesp, da especificação de áreas temáticas apropriadas para pesquisa, cooperando com a Fundação na divulgação de chamadas de propostas do Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe) associadas a este acordo, bem como da seleção de propostas de pesquisa a serem financiadas e da avaliação dos projetos.

Os projetos cooperativos deverão ser desenvolvidos por pesquisadores associados a pequenas empresas. O financiamento dos projetos será administrado pela Fapesp junto aos pesquisadores responsáveis, incluindo o acompanhamento de relatórios de resultados. A propriedade intelectual resultante dos projetos será regida pelas normas do Pipe.

De acordo com Lafer, a cooperação com o Inpe proporcionará a realização de pesquisas na fronteira do conhecimento no setor aeroespacial, considerado estratégico para o desenvolvimento e a segurança do país. “Uma característica importante dessas pesquisas é que terão uma forte ligação com o setor produtivo, o que deve ajudar a dar impulso a uma atividade de vital importância para o avanço do conhecimento também neste segmento”, disse.

Para Perondi, as pesquisas poderão ajudar o Brasil a ganhar espaço também na indústria espacial. “Nos próximos 20 anos essa será uma indústria muito forte, tanto quanto a aeroespacial hoje, e o Brasil pode se beneficiar disso.”

Ele lembrou da importância da colaboração para a pesquisa e o incremento de sistemas e equipamentos, citando a parceria sino-brasileira, iniciada em 1988 e que resultou no projeto Cbers (China-Brazil Earth Resources Satellite), de desenvolvimento e lançamento de satélites.

O acordo de cooperação terá duração de cinco anos e as áreas contempladas para receber propostas de pesquisa serão definidas oportunamente.

Fonte: Aeb