O satélite nacional de pequeno porte Serpens – sigla para Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites – foi lançado em órbita às 9h de hoje (17) – horário de Brasília – a partir da Estação Espacial Internacional (ISS na sigla em inglês).

A colocação do Serpens em órbita foi feita por meio do módulo Kibo JEM (Japanese Experiment Module) operando o deployer CubeSat JSSOD. Junto com o Serpens também foi injetado em órbita o satélite japonês S-Cube, projetado pelo Chiba Institute of Technology.

Os sinais do nanossatélite já foram captados por vários radioamadores do país. Os sinais decodificados mostram que o Serpens está funcionando apropriadamente. Algumas universidades brasileiras, em particular as estações da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, com parceria do Centro Regional do Sul (CRS) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) ajudam na recepção e rastreio do satélite.

O Serpens, desenvolvido por um consórcio acadêmico coordenado pela Agência Espacial Brasileira (AEB), chegou a ISS no último dia 24 de agosto transportado pelo veículo japonês de abastecimento HTV5. Em órbita ele receberá uma série de dados que serão enviados por diversas plataformas de coleta de dados instaladas em diversos pontos do território. Essas informações estarão disponíveis para retransmissão para estações receptoras no Brasil e em outros países.

Objetivo – O principal objetivo do projeto Serpens é a capacitação de recursos humanos e a consolidação dos novos cursos de engenharia espacial brasileiros. Além da Universidade de Brasília (UnB), participam também do projeto as universidades federais do ABC (Ufabc), de Santa Catarina (UFSC), de Minas Gerais (UFMG) e o Instituto Federal Fluminense (IFF).

Do exterior, fazem parte a Universidade de Vigo, da Espanha, a Sapienza Università di Roma (Itália) e as norte-americanas Morehead State University e California State Polytechnic University.

O Serpens é o terceiro CubSat nacional a ser colocado no espaço, sendo o segundo a ser lançado do laboratório espacial. O primeiro foi o Aesp-14, desenvolvido em parceria entre o ITA e o Inpe.

Essa primeira missão do projeto Serpens é coordenada pela UnB, mas a proposta é que as instituições que formam o consórcio se revezem na liderança. Pelo cronograma aprovado, a UFSC será responsável por encabeçar o desenvolvimento do Serpens 2.

Fonte: AEB