Dentro das comemorações de seus 80 anos, o IBGE está relançando hoje, 26 de julho de 2016, a Revista Brasileira de Geografia (RBG), importante publicação científica editada entre 1939 e 2006.

Agora em meio eletrônico, a RBG retoma suas atividades em seu 61º volume, com um número que traz textos de diversos pesquisadores renomados. Além disso, um índice cumulativo do acervo histórico da RBG (60 volumes e 238 números, entre 1939 e 2006) está disponível, como número especial.

A solenidade de lançamento será no Rio de Janeiro, no auditório do IBGE da av. Chile, 500, terceiro andar, a partir das 10h.

Após um hiato de dez anos, a Revista Brasileira de Geografia publica um novo número. A solenidade de lançamento que acontece hoje contará com a presença dos professores Jurandyr Ross (USP), Roberto Lobato Correa (UFRJ e UERJ), Cláudio Egler (UFGD) Jan Bitoun (UFPE) e Luiz Felipe Castiglione (UERJ), além da editora-chefe da revista, Adma Hamam de Figueiredo (IBGE).

O número lançado hoje tem duas seções – Artigos de Pesquisa (cinco artigos) e Ensaios, Comentários e Resenhas (dois ensaios) – e traz a colaboração de pesquisadores especialmente convidados, que atuam no IBGE e em outras instituições.

Artigos de Pesquisa

O primeiro artigo é Limites no espaço-tempo: a retomada de um debate, no qual Rogerio Haesbaert (UFF) problematiza fenômenos socioespaciais como a militarização das favelas cariocas, suas fronteiras e suas relações de poder.

No segundo artigo, O relevo brasileiro no contexto da América do Sul, Jurandyr Ross (USP) faz um inédito esforço de síntese para explicar o relevo de nosso território à luz dos processos geomorfológicos, na escala do continente sul-americano.

Um tema relativamente marginal na história da ciência geográfica, mas fundamental na sociedade capitalista, é abordado por Fabio Contel (USP) no terceiro artigo, As finanças e o espaço geográfico: contribuições centrais da geografia francesa e da geografia brasileira.

Já Roberto Luz (IBGE) nos apresenta os principais conceitos dos sistemas geodésicos de referência vertical, em seu artigo Cálculo de altitudes científicas e sua aplicação no reajustamento da Rede Altimétrica de Alta Precisão do Sistema Geodésico Brasileiro.

Fechando esta seção, o trabalho de Rafael Ferreira (IBGE) e colaboradores, intitulado Avaliação da qualidade posicional de ortoimagens RapidEye, procura determinar a confiabilidade dos dados obtidos pelo sistema RapidEye, composto por cinco satélites multiespectrais, capazes de captar imagens ópticas com 77 km de largura.

Ensaios, Comentários e Resenhas 

No primeiro ensaio da seção seguinte, A Ferro e Fogo, história ambiental e a geografia brasileira: um diálogo por inventar, Christian Brannstrom (Texas A&M University) aproveita o aniversário de 20 anos da publicação do livro de Warren Dean (A Ferro e Fogo: a História e a Devastação da Mata Atlântica Brasileira) para refletir sobre os debates dos geógrafos brasileiros em torno desse clássico.

Finalmente, há o ensaio de Roberto Lobato Corrêa (UFRJ e UERJ), intitulado Processos, formas e interações espaciais, no qual são destacados os principais temas da organização e dinâmica social, econômica e cultural do espaço, objeto principal da geografia humana.

A chamada de artigos para o segundo número deste volume, a ser publicado em 2017, já está aberta e vai até 31/10/2016. Para acessar o conteúdo da RBG, bem como submeter trabalhos, visite o portal da revista.