Por Floriano Peixoto*

O objetivo do trabalho foi simular um projeto de terraplanagem feito para a implantação de um condomínio residencial em área bastante irregular.

Para isso foi preciso gerar um MDT – Modelo Digital do Terreno com grande precisão, pois à partir dele foi feito a simulação do projeto de terraplanagem existente, com os devidos cortes longitudinais e transversais e cálculo dos volumes de corte e aterro.

O planejamento do voo foi feito para atender estas exigências.

O drone utilizado foi um Phantom 4 Pro. Foram feitos voos longitudinais e transversais sobre a área, o voo cruzado, produzindo em torno de 700 imagens com GSD de 2 centímetros.

Cada ponto representa uma imagem produzida Cada ponto representa uma imagem produzidaDistribuição das imagens mostradas no Agisoft Photoscan, software de processamento de imagens Distribuição das imagens mostradas no Agisoft Photoscan, software de processamento de imagensImplantação de 25 pontos de apoio em solo Implantação de 25 pontos de apoio em soloImplantação de 25 pontos de apoio em soloMDT – Modelo Digital do Terreno com curvas de nível à cada 0,50m

É importante salientar que as curvas de nível geradas sobre as áreas de vegetação não foram utilizadas no projeto, pois elas não tem precisão.

Áreas com vegetação densa não são possíveis de gerar MDT. A filtragem da nuvem de pontos feita pelo software nestas áreas não é correta, a não ser que se utiliza um sensor Lidar.

Nas áreas de vegetação densa, foram utilizadas curvas de nível a partir de levantamento topográfico convencional.
As curvas de nível foram exportadas e a simulação do projeto de terraplanagem foi feita no software Auto Cad Civil 3D por engenheiro civil especialista nesta área.

Planta com as áreas de corte e aterro Planta com as áreas de corte e aterroForam gerados os cortes longitudinais e transversais e os cálculos de volumes de corte e aterroForam gerados os cortes longitudinais e transversais e os cálculos de volumes de corte e aterro

Foram gerados os cortes longitudinais e transversais e os cálculos de volumes de corte e aterro. Foram feitas duas visitas ao local. A primeira para uma avaliação in loco da área afim de ser feito o planejamento do voo e a segunda para implantação dos pontos de apoio e produção das imagens.

Foram utilizados dois dias para o processamento das imagens e geração do MDT e curvas de nível e mais dois dias para a simulação do projeto de terraplanagem com a publicação dos resultados.

Entre a primeira visita ao local da obra e a entrega dos trabalhos decorreram 10 dias pois foi preciso aguardar condições meteorológicas favoráveis ao voo do drone nas condições de precisão exigidas.

Como se pode ver, o drone é uma excelente ferramenta auxiliar ao trabalho de engenharia. Não substitui, em hipótese alguma, o topógrafo e o engenheiro. Vem trazer agilidade e economia a esses profissionais, desde que utilizado com critério e responsabilidade.

Floriano PeixotoFloriano Peixoto* é diretor da Albatroz Brasil Drones, projetista e construtor de aeronaves experimentais desde a década de 80. Aeromodelista e piloto de asa delta há mais de 30 anos.

Fonte: DroneShow

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