Iniciativa faz parte do projeto de Contabilidade Experimental de Ecossistemas, que estuda diferentes metodologias de medição das Contas Econômicas Ambientais

A partir da última quinta-feira (25/4) até 3 de maio, pesquisadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acompanhados por consultores das Nações Unidas (ONU), estarão em campo na região conhecida como Matopiba (que compreende Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) para analisar o uso do solo e os impactos causados pela agricultura na bacia do Rio Grande.

A iniciativa faz parte do projeto de Contabilidade Experimental de Ecossistemas, que estuda diferentes metodologias de medição das Contas Econômicas Ambientais no Brasil, México, Índia, África do Sul e China, com financiamento da União Europeia. Os resultados obtidos nesses países poderão contribuir para o desenvolvimento de um sistema de cálculo internacional do Produto Interno Verde (PIV), conhecido como PIB Verde.

Na bacia do Rio Grande será testado um modelo matemático em parceria com o Laboratório de Monitoramento e Modelagem Pedogeomorfológica da UFRJ. “Vamos usar dados de volume dos rios e das chuvas para analisar quanto de solo está sendo removido ali. Com a remoção da cobertura vegetal original e introdução da soja, que é uma monocultura, a gente tem outra dinâmica de uso do solo”, explica a assistente de projetos internacionais de Geociências do IBGE, Ivone Batista, que justifica a escolha da área da bacia por ser um ambiente possível de isolar informações hídricas.

Nesta primeira visita, os pesquisadores irão aos municípios de Barreiras (BA) e Santa Rita de Cássia (BA) para observar mais de perto a dinâmica de ocupação e utilização da terra em áreas mapeadas anteriormente pelo IBGE, no Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra. A equipe também se reunirá com as prefeituras e secretarias de meio ambiente para conhecer o planejamento de políticas locais frente ao impacto da agricultura.

O método utilizado no Matopiba, a depender dos resultados do teste, poderá ser ampliado para o país e demais nações como diretriz da Divisão de Estatísticas das Nações Unidas. Estão previstas outras duas visitas à bacia do Rio Grande, em outubro deste ano e a partir do primeiro semestre de 2020. O resultado do projeto, previsto para o final de 2020, será consolidado em uma publicação e no Banco de Tabelas Estatísticas (Sidra).

Em 2017, o IBGE foi designado por lei como órgão responsável pelas Contas Econômicas Ambientais e pelo cálculo do PIB Verde. Hoje, a contabilidade do setor produtivo é realizada somente pelo Sistema de Contas Nacionais, através do PIB. A lei exige que a metodologia para o cálculo do PIB Verde seja amplamente discutida com a sociedade e as instituições públicas antes da criação do novo sistema de contas. “Todas as Contas Econômicas Ambientais são um passo para se chegar ao PIB Verde”, esclarece Ivone.

Geo e Drones na Indústria 4.0

Você já pode marcar na sua agenda: de 25 a 27 de junho acontecem em São Paulo (SP) os eventos MundoGEO Connect e DroneShow 2019, os maiores da América Latina e entre os cinco maiores do mundo no setor. Alinhados às tendências globais e com foco na realidade regional, o tema geral dos eventos este ano será “Geotecnologia e Drones na Indústria 4.0”, com previsão de 4 mil participantes, 30 atividades e mais de 230 horas de conteúdo.

Os conteúdos dos cursos, palestras e debates foram formatados por um time de curadores para atender as demandas de empresas, profissionais e usuários principalmente nos setores de Agricultura, Cidades Inteligentes, Governança Digital, Infraestrutura, Meio Ambiente, Recursos Naturais, Segurança e Defesa.

Dentre as tecnologias disruptivas que estarão em destaque, estão Big Data, Inteligência Artificial / Machine Learning, Internet das Coisas, Realidade Virtual e Aumentada, BIM, Tecnologia Autônoma, entre outras, tudo isso cada vez mais integrado às Geotecnologias (Mapeamento, Cadastro, Imagens de Satélites, Inteligência Geográfica, GIS).

Perfil dos expositores da feira: prestadores de serviços de aerolevantamentos, mapeamento e cadastro; desenvolvedores de sistemas de análise espacial; provedores de imagens de satélites; fabricantes e importadores de drones; fabricantes de sensores e tecnologias embarcada; distribuidores de softwares, plataformas de processamento e análise de dados; agências reguladoras e órgão governamentais; empresas de consultoria e treinamento; distribuidores de equipamentos de geomática; empresas de mapeamento móvel, entre outras.

Veja a programação completa de cursos e seminários e garanta sua vaga! Confira um resumo de como foi a última edição dos eventos MundoGEO Connect e DroneShow:

Imagem: IBGE / Divulgação