Inovar se tornou uma necessidade cada vez mais latente nas empresas, independentemente de porte ou segmento.

Embora pareça complexo e sinuoso, esse processo ficou muito mais fácil com a chegada da norma ISO 56.002, que compila as melhores práticas em inovação de diversos países.

A norma foi publicada no dia 15 de julho, na sede da ISO, em Genebra, na Suíça.

O comitê técnico de inovação foi criado pela ISO em 2008, dando início aos estudos para elaboração de uma norma específica para o assunto.

Em 2013, o comitê já havia levantado todas as normas de inovação dos 163 países associados.

A partir de 2015, começaram as reuniões para elaboração da norma. Ainda esse ano, a ISO 56.002 deve ser traduzida para o português.

Membro do comitê técnico, o brasileiro Alexandre Pierro, sócio-fundador da PALAS, atuou fortemente na elaboração da norma e, paralelamente, iniciou o processo de implementação em uma indústria brasileira de transformação, localizada na cidade de São Paulo:

“Começamos a implementação em agosto, ainda com a versão draft. Fomos fazendo os ajustes necessários e, felizmente, conseguimos a certificação na mesma semana em que a norma foi oficialmente publicada”

Diferentemente do que muitos podem pensar, o objetivo da norma não é engessar os processos de inovação. Ao contrário de outras normas, que pregam requisitos, essa é uma norma de diretrizes, que apresenta uma série de metodologias e ferramentas para que a empresa escolha as que mais se adaptam às suas necessidades.

“Entendemos que a inovação é um processo flexível, que depende da criação de ambientes menos rígidos”

Trata-se de uma norma que pretende permitir uma classificação real entre o que é inovação e o que não é.

“É uma certificação internacional que garante que a inovação não seja apenas um discurso, mas sim uma cultura inerente ao cotidiano da empresa. A proposta é criar uma política capaz de suportar a organização no desenvolvimento de novos processos que acompanhem o mundo volátil em que nos encontramos”

A ISO 56.002 está ancorada em seis pilares: liderança visionária, gestão de insights, gestão de risco, cultura adaptativa, realização de valor e abordagem de processos.

“O maior desafio está em criar uma cultura de inovação, fazendo com que as inovações aconteçam de forma sistematizada, e não esporádica. Precisamos primeiro desenvolver o mindset da inovação para depois criar processos que garantam a sua eficácia”

Agora, a ISO 56.002 está ao alcance de qualquer empresa que deseje garantir que seus processos de gestão sigam as melhores práticas do mundo com foco em inovação:

“Essa será uma grande oportunidade de transformar as empresas brasileiras, disseminando condutas inovadoras ideais para enfrentarmos os desafios que estão sendo impostos todos os dias. As empresas já perceberam que o mundo mudou e elas precisam mudar junto para continuarem ativas”

finaliza Pierro

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