O Satélite Amazonia 1, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e previsto para ser lançado em junho de 2020, passou pela Revisão Crítica das Operações (COR), entre os dias 12 e 13 de setembro.

O objetivo do encontro, realizado no Centro de Controle e Rastreio de Satélites (COCRC), em São José dos Campos, foi revisar e avaliar todos os itens relacionados as atividades e operações do segmento solo previstas quando o satélite estiver em órbita.

O Amazonia-1 ficará em órbita polar e irá gerar imagens completas do planeta a cada 5 dias.

Os especialistas envolvidos com os desenvolvimentos relacionados ao segmento solo do Amazonia 1, responsável pelo controle do satélite, apresentaram a visão geral da missão e o cronograma dos trabalhos, o estado atual de desenvolvimento e as próximas atividades relacionadas a todos os sistemas e subsistemas do segmento solo de aplicação e controle do satélite em órbita, além de fazer uma checagem de riscos associados (quando identificado) e formas de mitigá-los.

Com essa etapa concluída, iniciam-se as próximas atividades de desenvolvimento de sistemas e subsistemas do segmento solo do satélite brasileiro, para então ser realizada a a Revisão de Prontidão da Validação da Operação (OVRR), prevista para novembro de deste ano.

Segmento solo de satélites

O Centro de Rastreio e Controle de Satélites (COCRC), do INPE, engloba um conjunto integrado de instalações, sistemas e equipes. Entre os seus objetivos estão o planejamento e execução de atividades de rastreio e controle de veículos espaciais nacionais, estrangeiros ou desenvolvidos em regime de cooperação internacional, como os do Programa CBERS.

O sistema de solo do INPE opera 24 horas por dia, sete dias por semana, sendo composto pelo Centro de Controle de Satélites, em São José dos Campos (SP); Estação Terrena de Rastreio e Controle de Cuiabá (MT); e Estação Terrena de Rastreio e Controle de Alcântara (MA).

As Estações Terrenas de Rastreio são responsáveis pela recepção e transmissão de dados aos satélites controlados por meio de sistemas de antena de rastreio instalados em Cuiabá e Alcântara. Elas são conectadas ao Centro de Controle de Satélites (CCS), em São José dos Campos, por meio de uma rede dedicada de comunicação de dados, que permite ao CCS receber os dados dos satélites em tempo real e ainda enviar telecomandos aos mesmos.

O CCS é responsável pelo planejamento e execução de atividades de controle dos satélites operados pelo INPE. Entre estas atividades incluem a monitoração do estado de funcionamento dos satélites a partir das telemetrias recebidas; o controle da configuração funcional dos equipamentos de bordo, por meio de telecomandos; o planejamento, cálculo e execução de manobras de correção de órbita e de atitude.

Amazonia-1

O Amazonia-1 terá uma alta taxa de revisita, de 5 dias, e suas imagens poderão ser utilizadas para o monitoramento ambiental, da agricultura, da região costeira, reservatórios de água, de desastres ambientais, entre outras aplicações que envolvam a cobertura de todo o território brasileiro. Os dados estarão disponíveis tanto para comunidade científica e órgãos governamentais quanto para usuários interessados em uma melhor compreensão do ambiente terrestre.

O Amazonia 1 levará a bordo um imageador óptico de visada larga (câmera com 3 bandas de frequências no espectro visível – VIS – e 1 banda próxima do infravermelho – Near Infrared) capaz de observar uma faixa de aproximadamente 850 km, com 60 metros de resolução.

Mais informações em www.inpe.br/amazonia.

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Imagem: INPE