O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE divulga hoje (21/10) os trajetos percorridos pelos recenseadores durante a coleta de dados do Censo Agropecuário 2017.

Através dos registros das coordenadas no Dispositivo Móvel de Coleta (DMC), foi possível traçar rotas que podem auxiliar tanto futuros trabalhos de campo do IBGE, quanto instituições e empresas que necessitam de informações sobre deslocamento no território.

Os dispositivos coletaram mais de 873 milhões de coordenadas geográficas e registraram aproximadamente 17,8 milhões de quilômetros percorridos. É a primeira vez que se registram os deslocamentos durante uma operação censitária no Brasil.

Em 2017, o Censo Agropecuário coletou informações de mais de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o país, gerando deslocamentos por mais de 17,8 milhões de quilômetros – o que equivaleria a, aproximadamente, 46 vezes a distância à Lua.

Munidos de um Dispositivo Móvel de Coleta (DMC), os recenseadores registraram as coordenadas da localização dos estabelecimentos e armazenaram coordenadas a cada pequeno intervalo de tempo durante a coleta.

O mapeamento dos trajetos dos recenseadores mostra diferenças territoriais importantes que impactam a circulação das pessoas no território. O método de obtenção em campo propiciou, inclusive, registros de elementos de difícil identificação por imagens ou por outros sensores remotos (mesmo que cobertos por copas de densa vegetação florestal, por exemplo).

As informações geradas são potencialmente úteis a diversos fins, principalmente para áreas rurais e remotas, nas quais há carência de mapeamentos recentes e em grande escala. Nessas regiões, os trajetos podem auxiliar novas incursões de agentes do IBGE ao campo, atualizações de produtos da cartografia sistemática ou, ainda, trabalhos de órgãos governamentais, empresas ou entidades da sociedade civil que precisam analisar ou orientar possíveis deslocamentos no território.

Algumas áreas possuem restrições para divulgação, de acordo com dispositivos legais de proteção. Estão incluídos nesse grupo as terras indígenas, os territórios quilombolas e as Unidades de Conservação de conhecida habitação por povos e comunidades tradicionais (florestas nacionais, estaduais ou municipais, reservas extrativistas e reservas de desenvolvimento sustentável), majoritariamente localizados na região da Amazônia Legal. Para essas áreas restritas, o IBGE trabalhou com arquivos oficiais da Funai (terras e aldeias indígenas); Incra (áreas quilombolas); Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Unidades de Conservação federais); e Ministério do Meio Ambiente (Unidades de Conservação estaduais e municipais).

“Os Trajetos dos Recenseadores permitem dar visibilidade a trilhas e estradas vicinais que muitas vezes não constam dos mapeamentos sistemáticos, mas que ajudam imensamente a definição das melhores rotas para se chegar aos domicílios ou estabelecimentos a serem recenseáveis”

Explica Fernando Ramalho, da equipe de Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos do IBGE

Os trajetos do Censo Agropecuário 2017 estão disponíveis para todos os municípios em arquivos no formato kml, que podem ser visualizados pelo Google Earth ou outros sistemas de informações geográficas.

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