O combate ao crime ambiental é uma luta árdua e frequente. A Polícia Federal deflagrou, por exemplo, no último dia 4, uma operação para desarticular uma organização criminosa que atuava na extração ilegal de aroeira na região da Terra Indígena Sararé, no município de Conquista D’Oeste, Mato Grosso. A região fica cerca de 538 quilômetros da capital Cuiabá.

Neste cenário, a Hex, uma de empresa de tecnologia geoespacial, desempenha um papel relevante no uso de ferramentas geoecológicas para identificação de crimes ambientais.

Durante anos, a companhia trabalhou para o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) detectando desmatamentos ilegais na Amazônia Legal.

A Hex consegue obter informações da superfície da terra à distância, através de sensores remotos instalados a bordo de satélites artificiais colocados em órbita da terra.

Por meio dessa metodologia de monitoramento remoto de imagens via satélite, torna-se possível identificar e mapear as regiões onde ocorrem esses crimes.

SKYNET

O trabalho da Hex é baseado em uma plataforma própria de processamento digital de imagens em larga escala, o SKYNET, peça fundamental nas suas atividades de sensoriamento remoto.

Trata-se de tecnologia associada a métodos específicos que permitem obter informações sobre mudanças ocorridas na superfície da terra, através de sensores instalados a bordo de satélites colocados em órbita da Terra, cujo o objetivo é a observação do planeta.

Para o diretor executivo da empresa, Leonardo Barros, as tecnologias geoespaciais, notadamente o sensoriamento remoto a partir de dados orbitais, é um instrumento fundamental para apoiar as ações de combate aos crimes ambientais.

“Sejam estes na terra ou mar, pois as informações geradas pelo sensoriamento identificam as regiões em que os crimes acontecem e ainda a intensidade que estes estão acontecendo; informações essas fundamentais para o planejamento das ações pois a partir destas informações boa parte dos dados necessários para se atribuir prioridades, logística e dimensionamento dos recursos necessários à execução das ações podem ser alcançados ou até mesmo visualizados”

O especialista completa afirmando que a tecnologia é fundamenta especificamente em um país com as características e dimensões como as do território brasileiro, onde não só o tamanho mas a dificuldade de acesso, podemos afirmar que em boa parte das ocorrências, sejam elas criminosas, acidentais ou naturais.

“Podemos afirmar que o sensoriamento remoto executado a partir de dados orbitais é o único meio que se apresenta como viável, operacional e financeiramente, para obtenção de dados sobre a detecção e o monitoramento destes”

Imagem: Pixabay