Os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias em restauração florestal da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), conduzidos pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), receberam um importante reconhecimento internacional.

Foi publicado nos Estados Unidos o livro Recent Advances in Ecological Restoration, pela editora Nova Science Publishers, uma das mais importantes do mundo nessa temática.

Dois capítulos da obra são dedicados aos trabalhos de Restauração Florestal nas áreas mineradas da CBA, refletindo a sustentabilidade da atividade desenvolvida pela empresa na Zona da Mata mineira.

Os trabalhos foram desenvolvidos pelo Laboratório de Restauração da UFV (LARF), coordenado pelo professor Sebastião Venâncio Martins, do Departamento de Engenharia Florestal.

O LARF também conduz outros projetos de P&D na linha de Restauração Florestal relacionados aos bioindicadores das áreas reabilitadas pela CBA, a partir das quais são desenvolvidas uma série de dissertações, teses e pesquisas de iniciação científica.

Como destaca o professor Venâncio, a publicação dos capítulos em um livro de uma das editoras mais conceituadas dos Estados Unidos é um importante reconhecimento da pesquisa realizada pelo LARF-UFV e da restauração das áreas mineradas realizada pela CBA:

“Por meio dos trabalhos de P&D de Restauração Florestal temos publicado dezenas de artigos científicos em revistas nacionais e internacionais. Esse reconhecimento mostra a seriedade da nossa pesquisa e do trabalho desenvolvido pela CBA. Os capítulos mostram que nas áreas sob influência da mineração houve aumento da cobertura florestal, em comparação com a situação antes da chegada da mineradora. Os resultados evidenciam o retorno da flora arbustiva e arbórea nessas regiões, bem como o retorno de espécies nativas da Mata Atlântica. Tudo isso aponta para a sustentabilidade desse modelo de mineração”

Para Christian Fonseca de Andrade, gerente das unidades da CBA na Zona da Mata, esse é mais um importante passo que demostra a preocupação da empresa em fazer o certo da melhor forma:

“Com a parceria com a UFV, estamos promovendo a melhoria contínua de nosso modelo de reabilitação ambiental, desenvolvendo as melhores práticas de manejo e gestão das áreas mineradas e de referência internacional quando se trata de mineração sustentável. Além disso, por meio de trabalhos científicos, possibilitamos uma compreensão melhor dos benefícios gerados ao meio ambiente pelo processo de reabilitação da CBA”

Um dos capítulos do livro, intitulado “Restoration of Tree and Shrub Diversity Post Bauxite Mining, in the Southeastern Region of Minas Gerais, Brazil” (Restauração da diversidade de árvores e arbustos pós mineração de bauxita, na região sudeste de Minas Gerais, Brasil), traz resultados de inventários do retorno das espécies florestais nativas nas áreas mineradas após serem adotadas ações de recuperação do solo e de reflorestamento. Além do prof. Venâncio, são coautores Luiz H. Elias Cosimo, Diego Balestrin e Wesley da Silva Fonseca, que desenvolveram suas teses/dissertações na CBA, além de Christian Fonseca de Andrade e Rodrigo da Silva Barros, engenheiros da CBA.

Por sua vez, o capítulo “Ecological Restoration and Forest Coverage Advancement in a Region Influenced by Bauxite Mining, Minas Gerais, Brazil” (Restauração ecológica e avanço de cobertura florestal em uma região influenciada pela mineração de bauxita, Minas Gerais, Brasil), resulta de um estudo de dinâmica da paisagem, com uso de imagens de satélite e de modelagem de uso do solo. O artigo mostra que a cobertura florestal aumentou nas áreas de influência da mineração quando comparadas com a situação anterior à chegada da atividade na região. Os resultados das ações foram reflorestamento nos locais minerados, conscientização dos proprietários rurais, trabalhos de compensação ambiental, além de ações socioambientais, como o Programa de Educação Ambiental, realizado pela CBA junto às comunidades do entorno. Assinam o segundo capítulo o prof. Venâncio, seu ex-orientado de doutorado Diego Balestrin e Christian Fonseca de Andrade, gerente das unidades da CBA na Zona da Mata.

Imagem: Pixabay