Baseado no post 5 New Year’s Resolution for GIS Users, de 2016, nesta lista atualizada são apresentadas 5 resoluções de Ano Novo para profissionais de Geotecnologias:

1 – Aprenda algo fora da Zona de Conforto

Para quem tem o hábito de recorrer sempre aos mesmos softwares, vale a pena desafiar-se em 2020 a explorar uma ampla variedade de ferramentas de mapeamento.

Quem sempre usa um GIS proprietário pode experimentar, por exemplo, o QGIS, que é gratuito e de código aberto. Como uma alternativa popular aos softwares comerciais, a comunidade do QGIS desenvolveu muitos recursos e tutoriais para ajudar novos usuários a aprenderem este software.

A própria NASA postou recentemente no Twitter que utilizou o QGIS para fazer mapas temáticos a partir de imagens de satélites:

Post sobre NASA usando o QGIS (Fonte: Twitter)

Por outro lado, para quem nunca usou um software comercial, muitas empresas oferecem versões trial e/ou gratuitas até certo nível para que novos usuários possam conhecer a ferramenta, se familiarizar e eventualmente comprar ou assinar.

2 – Participe da Aprendizagem Constante

Como profissional da área de Geotecnologia, o desenvolvimento e atualização é uma prática ao longo da vida, já que softwares, opções de fontes de dados e tecnologias estão sempre avançando.

O acompanhamento desta infinidade de ferramentas pode ser assustador, por isso é essencial participar de atividades de aprendizado constante.

Felizmente, existem muitas opções gratuitas, como cursos online, ebooks, webinars e tutoriais no YouTube. Um exemplo é o ebook do software gvSIG (disponível em português) que usa como base de dados o mapa da série Game of Thrones.

Capa do ebook do gvSIG Game of Thrones (Fonte: gvSIG)

A própria ESRI, uma das principais empresas de Geotecnologia do mundo, oferece vários cursos a distância em seu portal de treinamentos.

3 – Faça parte de ‘Conversas Geoespaciais’

Para ser visto é lembrado, é importante ser uma voz mais ativa na comunidade de Geotecnologias. Existem inúmeros grupos em redes sociais e apps de comunicação (como WhatsApp e Telegram) nos quais pode-se entrar livremente, acompanhar as discussões e colaborar com a comunidade.

Fonte: Pixabay

Também vale a pena pesquisar quem são os principais ‘atores’ do setor nas redes sociais e passar a seguir seus perfis (Facebook, Instagram, LinkedIn, Twitter, Tik Tok, etc) para ver o que está sendo mais comentado na área de Geotecnologias e fazer parte da conversa.

4 – Aprenda uma nova ferramenta de Mapeamento Online

Há uma infinidade de ferramentas de mapeamento gratuitas e fáceis de aprender com as quais você pode experimentar e interagir. Essas ferramentas podem ser úteis para tarefas de visualização rápida ou para a criação de mapas de histórias.

Algumas opções são:

  • Timeline e StoryMap- desenvolvido pelo Knight Lab, o timeline.js é uma ferramenta de código aberto que permite incorporar imagens e vídeos (Twitter, Flickr, Google Maps, YouTube) para criar uma história baseada em tempo. Já o storymap é uma ferramenta fácil de usar para contar histórias a partir de uma visualização geográfica.
  • Tableau Public- uma versão gratuita da ferramenta usada para criar visualizações dinâmicas de dados e incorporá-las a uma página da web, no Tableu Public os usuários podem criar mapas de história de dados de desenvolvimento usando uma combinação de gráficos, tabelas e mapas interativos.
  • ArcGIS StoryMaps- opção para criar histórias inspiradoras e envolventes, combinando texto, mapas interativos e outros conteúdos de multimídia. O ArcGIS StoryMaps permite publicar e compartilhar histórias dentro de uma organização ou com todos ao redor do mundo.
StoryMap feito com a plataforma ArcGIS (Fonte: ESRI)

5 – Faça parte de uma organização humanitária geoespacial

Usuários iniciantes, intermediários ou avançados podem usar suas habilidades geoespaciais participando de projetos humanitários, mesmo sem sair de casa. Existem muitas organizações que estão abertas para receber contribuições.

Um exemplo é o Zooniverse, que oferece uma série de projetos de crowdsourcing, incluindo de mapeamento. O Mapping Change procura cientistas cidadãos para ajudar a criar atlas públicos pesquisáveis, mostrando onde animais, plantas e fungos foram encontrados e coletados. Já o Old Weather Project está construindo um banco de dados de informações meteorológicas históricas extraídas através de esforços de crowdsourcing.

Uma das principais iniciativas é da Equipe Humanitária do OpenStreetMap (HOT, na sigla em inglês), uma organização sem fins lucrativos que trabalha para criar mapas gratuitos, detalhados e atualizados, que são fornecidos a organizações governamentais e humanitárias que trabalham para fornecer apoio ao desenvolvimento econômico e resposta a emergências em regiões carentes do mundo.

Bônus: 6 – Aproveite o poder dos Drones no setor de Geo

A tecnologia dos Drones veio para ficar e é disruptiva em vários sentidos no setor de Geotecnologia. Por um lado, ela trouxe redução de custos aliada a maior produtividade e detalhamento em relação a levantamentos tradicionais como a topografia convencional, por exemplo. Por outro, possibilitou que trabalhos de Aerofotogrametria pudessem ser elaborados por uma maior quantidade de profissionais e empresas(desde que obedecendo a regulamentação vigente).

Assim como Uber, WhatsApp e AirBNB revolucionaram os setores de mobilidade, comunicação e hotelaria, respectivamente, os Drones são a disrupção atual no setor de Geo, talvez comparada somente à chegada do Google Earth, por volta de 2005, que popularizou os mapas online para usuários ao redor do mundo.

Fonte: Pixabay

Feliz 2020!

Publicado originalmente como: 5 resoluções de Ano Novo para profissionais de Geotecnologias

Saiba mais: Replay Retrospectiva Geo e Drones 2019

Imagem de capa: Pixabay