A ameaça de desinformação se torna a cada dia mais uma ameaça para a ciência e a vida em comunidade. Para enfrentar essa realidade o Cerrado brasileiro contará com um novo e importante parceiro para a sua preservação: a plataforma Cerrado DPAT, que será lançada nessa quarta-feira (14/10) às 10h (hora de Brasília).

A ferramenta criada pela UFG apresenta de forma fácil, rápida e intuitiva os dados de desmatamentos para todo o bioma Cerrado, desde o ano 2000.

Ainda no dia 14, mas no período vespertino, será realizado a capacitação da ferramenta para apresentar todas as funcionalidades, bancos de dados utilizados nos cruzamentos (FIP CAR, ABC e etc.), como realizar updownload e gerar relatório para área de interesse dentre outros diversos produtos disponíveis.

Ambos os momentos são gratuitos, onlines e com emissão de certificado. Para participar do evento de lançamento, basta clicar aqui. Já para participar da capacitação, encaminhe nome, cargo e e-mail do(a) interessado(a) para mariana.lapig@gmail.com.

Cerrado DPAT

A plataforma, on-line e gratuita, permitirá a visualização dos dados sobre desmatamento e a superfície de susceptibilidade ao desmatamento nos 1.386 municípios brasileiros abarcados pelo bioma. Toda esta informação será fundamental para a gestão ambiental nos níveis federal, estadual e municipal.

O projeto é resultado do Programa de Investimento Florestal (FIP) implementado em 2016 no Brasil no âmbito do Plano de Investimento Brasileiro, gerido pelo Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird/Banco Mundial) e financiado pelo Fundo Estratégico do Clima. Gerenciado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o projeto FIP Cerrado tem como uma de suas frentes a produção de dados de desmatamento no Cerrado.

O objetivo central da plataforma Cerrado DPAT se refere à oferta de uma base de dados com informações confiáveis para os gestores públicos.

“Baseado nas informações disponibilizadas por meio desta plataforma será possível saber as regiões do bioma em condição de maior vulnerabilidade socioambiental”

exemplificou o coordenador da ferramenta, professor Laerte Ferreira

Além disto, a plataforma irá trazer informações essenciais quanto ao apontamento de regiões mais suscetíveis a futuros desmatamentos, alertando autoridades públicas.

Laerte Guimarães explica que além dos dados sobre os quase 2 milhões de polígonos de desmatamentos, disponibilizados por meio da plataforma, será possível saber detalhes sobre esse processo de degradação.

“A Cerrado DAPT consegue determinar, por exemplo, qual a distância de um determinado ponto de desmatamento de uma unidade de conservação, território quilombola ou reserva indígena, bem como saber se este desmatamento aconteceu em área de proteção permanente ou reserva legal, em cada uma das 843.020 propriedades rurais existentes no bioma Cerrado”

Como funciona?

Na prática, a Cerrado DPAT realiza uma avaliação qualitativa dos dados Prodes (projeto do Inpe que realiza o monitoramento por satélites do desmatamento por corte raso na Amazônia Legal) e Deter (segundo o Inpe é um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal), programas desenvolvidos no âmbito do Programa de Investimento Florestal Cerrado (FIP Cerrado), encabeçado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O professor explica que para cada polígono de desmatamento identificado, a equipe do Lapig realizou uma série de procedimentos, a partir de observações em campo e análises estatísticas, para determinar a qualidade do dado de desmatamento disponibilizado pela plataforma.

“Assim, os usuários podem decidir visualizar ou recuperar todos os dados de desmatamento para um determinado município e para um determinado ano, ou acessar apenas os dados com um determinado nível de qualidade”

Programação

10h – Abertura com a presença de autoridades

10h30 às 10h50: Apresentação da Plataforma Cerrado DPAT
Laerte Ferreira – Coordenador da Plataforma Cerrado DPAT

10h50 às 11h10: Apresentação do INPE Monitoramento sobre os dados PRODES e DETER Cerrado
Cláudio Almeida – Coordenador do Programa de Monitoramento do INPE

11h10 às 11h30: Análise dos dados PRODES Cerrado
Leandro Parente – Pesquisador da UFG

11h30 às 12h: Perguntas

14h às 18h: Capacitação

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