A Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) utiliza tecnologia Fujitsu – empresa japonesa líder em tecnologia da informação e da comunicação (TIC) – de determinação de órbita para ajudar a desvendar os mistérios do sistema solar.

No último dia 6 de dezembro, o contêiner com material de uma rocha espacial chamada Ryugu caiu de paraquedas perto de Woomera, no sul da Austrália. O objetivo desta iniciativa é esclarecer a origem e evolução do sistema solar e as matérias-primas das formas de vida. A sonda havia pousado com sucesso na superfície de Ryugu em fevereiro de 2019

Nos últimos seis anos, a Fujitsu forneceu tecnologia de determinação de órbita de precisão para dar suporte ao Hyabusa 2 durante aproximadamente 5,2 bilhões de km de viagem. A companhia foi responsável pelo desenvolvimento e operação de sistemas nesta área em todos os projetos de exploração do sistema solar do Japão por mais de 30 anos – desde o projeto de exploração do Cometa Halley em 1985 (sondas espaciais Sakigake e Suisei) até o presente. O Dr. Makoto Yoshikawa, professor associado da Instituto de Ciência Espacial e Astronáutica (ISAS)/ JAXA e gerente de missão do projeto Hayabusa2, explica o papel da Fujitsu nesta jornada.

“A Fujitsu tem nos ajudado com a determinação da órbita no espaço profundo além da Lua em particular. No Japão, apenas a Fujitsu e nós que conduzimos a determinação da órbita no espaço profundo. Uma vez que a exploração do espaço profundo envolve muitos novos desafios, o software criado inicialmente muitas vezes não é aplicável sem modificações. Quando os cálculos que um sistema de determinação de órbita realiza estão um pouco errados, conversamos com a Fujitsu para modificar o método. Em parceria, fizemos melhorias aprimorando o sistema e modificando as operações”, avalia Yoshikawa.

Determinação da órbita é estimar onde um satélite ou uma sonda está e qual é sua velocidade em um determinado momento. A localização e a velocidade de um satélite ou sonda são calculadas por meio da comunicação de ondas de rádio com uma antena na Terra. O grupo de determinação de órbita estima a localização atual de uma sonda e o grupo de projeto de órbita descobre a melhor maneira de mover essa sonda com base nos resultados da estimativa. No futuro, a Fujitsu apoiará os projetos do Japão para a exploração do sistema solar com suas tecnologias de determinação de órbita.

“Além disso, a pesquisa e o desenvolvimento do projeto Martian Moons eXploration (MMX) foram iniciados para o lançamento de uma sonda na primeira metade da década de 2020. Este projeto é ainda mais difícil do que Hayabusa2 e uma determinação mais precisa da órbita é crucial” avalia Yoshikawa.