Com a finalidade de consolidar as estatísticas dos alertas emitidos pela Sala de Situação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – tecnologistas que realizam o monitoramento de 959 municípios brasileiros (mapeados com áreas de risco de desastres geo-hidrológicos) desenvolveram um banco de registro de ocorrências de inundações e deslizamentos (denominado Reindesc). Esse banco de dados foi organizado e culminou no trabalho científico e elaboração dos Anuários da Sala de Situação do Cemaden de 2017 e de 2018.

A primeira versão do anuário fez uma análise dos alertas e ocorrências registrados em 2017. Já o anuário relativo ao ano de 2018 reflete a importância do Cemaden para o monitoramento e a emissão de alertas de eventos deflagrados por ameaças de natureza hidrometeorológica, como alagamentos, inundações, enxurradas e movimentos de massa. Estudos apontam que esses desastres são os que causam mais fatalidades no País.

“Ao longo dos anos, os resultados dessas pesquisas contribuirão para melhorar a confiabilidade e a tempestividade dos alertas”, citado na apresentação do Anuário 2018, subscrito pelo diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes e pelo coordenador-geral de Operações e Modelagens do Cemaden, Marcelo Seluchi.

Ainda na apresentação do Anuário de 2018, é destacado que o Cemaden enviou 2.077 alertas, em 2018, enquanto o registro de ocorrências no banco de dados (Reindesc) foi de 601 eventos. Por outro lado, é altíssima a correlação entre o nível do alerta e a magnitude do evento. Nenhum evento de magnitude considerada de grande porte deixou de ser alertado. Já os alertas emitidos com nível alto foram assertivos em 50%. Isto significa que, a cada dois alertas emitidos com nível alto, foi registrado um evento com impacto confirmado na população.

Organização e capítulos dos Anuários de 2017 e 2018

O Anuário de 2017 está organizado em seis capítulos. O primeiro capítulo é dedicado à apresentação da Sala de Situação e da rede observacional do Cemaden. No capítulo 2, são descritos os métodos e conceitos vinculados ao monitoramento e à emissão de alertas pelo Cemaden, assim como, ao registro de ocorrências dos processos geo-hidrológicos monitorados. O capítulo 3 apresenta um panorama geral da população residente em áreas de risco nos municípios monitorados, subsidiando a discussão nos capítulos posteriores. O capítulo 4 sintetiza os alertas enviados pelo Cemaden no ano de 2017 e as condições meteorológicas associadas. No capítulo 5, é feita a análise dos eventos com registro de ocorrências nos municípios monitorados. Por fim, o capítulo 6 trata da relação entre os alertas e os eventos com ocorrências registradas

O Anuário de 2018 está organizado em cinco capítulos. O primeiro capítulo é dedicado à apresentação do Cemaden, de sua estrutura e forma de organização. No capítulo 2, são descritos os métodos e os conceitos vinculados ao monitoramento e à emissão de alertas pelo Cemaden, assim como, ao registro de ocorrências dos processos geo-hidrológicos monitorados. O capítulo 3 traz uma síntese dos alertas emitidos em 2018, apresentando a distribuição dos alertas por região, sua distribuição em função do nível do alerta e as condições meteorológicas no ano em referência. O capítulo 4 apresenta os eventos com registros de ocorrências nos municípios monitorados e, por fim, no capítulo 5 é apresentado o diagnóstico dos eventos com ocorrências registradas e os alertas a eles associados.

Os Anuários da Sala de Situação do Cemaden, dos anos de 2017 e 2018, estão disponibilizados no site do Cemaden, acessíveis pelo endereço e também disponíveis para download em www.gov.br/mcti/pt-br/rede-mcti/cemaden/acesso-a-informacao-lai/anuario-da-sala-de-situacao.

Com informações da Ascom/Cemaden