A MundoGEO, idealizadora do evento SpaceBR Show, entrevistou representantes das empresas da área espacial para fazer um Raio X do setor e conhecer as tendências. Confira a entrevista com Ryan Campos, Sales Development Representative – ALTAVE.

Qual a atuação da sua empresa na cadeia produtiva do setor espacial?

Atuamos com monitoramento e conectividade através de aeróstatos cativos que fornecem georreferenciamento dos locais que a Inteligência Artificial detecta as ocorrências(exe. detecção de incêndio) e leva diferentes formas de comunicação como 2G/3G/4G, WI-FI e rádios IOT.

Quais os principais produtos e/ou serviços que sua empresa oferece para atender as demandas do setor espacial?

Nosso aeróstato cativo é o principal produto da ALTAVE que engloba o setor espacial brasileiro. Podendo atingir uma altura de até 200m levando conectividade e monitoramento para grandes áreas. Operando no modo 24/7 por até 90 dias contínuos sobre o céu. Sendo Silencioso; Zero emissão de poluentes; Não tóxico; Não inflamável

Como se dá a participação da sua empresa em projetos relevantes do setor espacial no Brasil?

Os aeróstatos cativos da ALTAVE foram a base do projeto CONECTAR, uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia,Inovações e Comunicações e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (O objetivo do projeto era integrar o sistema de comunicação desenvolvido pelo INPE no aeróstato cativo da ALTAVE para levar o sinal da Internet a comunidades distantes dos centros urbanos.

Prêmio Tecnologias de Impacto – Qualcomm em que a ALTAVE se destacou por poder utilizar o balão como uma forma de transmissão de dados que agregam valor ao ecossistema da Internet das Coisas, considerando seu impacto nas áreas social, ambiental e econômica.

Possuímos uma parceria com o ITA envolvendo bolsistas em projetos de desenvolvimento com foco no setor aeroespacial.

Qual a experiência internacional da sua empresa relacionada ao setor espacial?

A principal experiência da ALTAVE é ter feito o monitoramento com 4 aeróstatos nas zonas dos Jogos Olímpicos RIO2016.
Em 2017, nossa empresa assinou um acordo comercial internacional com a empresa Airstar Aerospace na França para comercializar nossos produtos em toda a Europa.
Em parceria com a CIS GROUP – operou um aeróstato cativo na ‘Estación Terrena de Balcarce’, região em torno de Buenos Aires- Argentina, com o objetivo de fornecer uma solução inovadora para o fornecimento de telefonia móvel em situações extremas ou de contingência. Nosso destaque foi a rápida integração da tecnologia LTE com o aeróstato.

Quais suas expectativas de oportunidades em relação ao setor espacial no Brasil, relacionadas ao novo momento global do New Space?

A tendência que com o Alcântara Space Center o Brasil se torne um grande desenvolvedor de tecnologias aeroespaciais visando melhorar as necessidades do mercado, acredito que nos próximos anos, teremos diversas soluções que conseguem atender a demanda de diversos setores, interligando as tecnologias espaciais. Um exemplo prático é monitorar o desmatamento da Amazônia com o uso de satélites e outro exemplo prático da ALTAVE, utilizando os aeróstatos como uma forma de levar conectividade para grandes áreas, gerando mais oportunidades econômicas e sociais, como ajudar estudantes de áreas mais afastadas a conseguirem uma internet para estudo ou no caso do agronegócio que poderá gerar mais fontes de alimentos para população utilizando tecnologias por satélites para monitorar áreas de plantio e conectividade para gerir dispositivos de IOT.

Qual sua recomendação para jovens empreendedores brasileiros em relação ao potencial atual e futuro do mercado espacial?

Minha principal recomendação é buscar conhecimento sobre o assunto, hoje, temos diversas formas de buscar as informações sobre o setor, impactos que elas podem causar e os diferenciais. Hoje temos um grande potencial no mercado espacial para resolver diversos problemas mundiais. Por mais que o mercado pareça difícil de entrar, hoje existem diversas empresas que estão financiando pesquisas e buscando pessoas que desejam participar desse desenvolvimento de tecnologias espaciais com muitos investimentos privados que podem acelerar a nova tendência mundial.

Sobre o SpaceBR Show

O evento SpaceBR Show aconteceu de 8 a 12 de novembro no formato 100% online e já alcançou mais de 5 mil pessoas nas transmissões ao vivo e no replay até o momento, vindas de 41 países e mais de 952 cidades diferentes.

Assista ao replay na íntegra dos 5 dias de SpaceBR Show

O SpaceBR Show tem o apoio estratégico da Agência Espacial Brasileira (AEB), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e apoios institucionais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), do Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (SIMDE) e da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE).

A segunda edição do SpaceBR Show será realizada de 17 a 19 de maio de 2022 no formato presencial, nos 5,5 mil metros quadrados do Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP), em paralelo a outros dois eventos com muita sinergia: o MundoGEO Connect, da área de geotecnologias; e a DroneShow, do setor de drones para uso profissional.

Conheça a planta da feira SpaceBR Show e informações de reserva

Sobre a MundoGEO

A MundoGEO tem o propósito de disseminar conhecimento, estimular a inovação e fomentar novos negócios nos setores espacial, de drones e geotecnologias, publicando conteúdos no portal MundoGEO, nas redes sociais e realizando eventos (online, presenciais e híbridos), como DroneShow, MundoGEO Connect e SpaceBR Show.

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