Em maio de 2021, a Agência Internacional de Energia publicou que em 2022 o uso da energia solar no mundo poderá chegar a 30%, considerando países com maior capacidade instalada de geração, como a China, Alemanha, Japão e Estados Unidos. No Brasil, apesar de entrarmos recentemente no grupo dos 20 países líderes em capacidade instalada de energia solar, menos 2% da matriz energética é oriunda desta fonte. No entanto, esta realidade mudará nos próximos anos. De acordo com o relatório anual World Energy Outlook, as energias renováveis serão responsáveis por 80% do crescimento na produção global de energia elétrica na próxima década, consequentemente, a demanda por serviços especializados em grandes parques de geração de energia solar aumentará. A inspeção com o uso de aeronaves remotamente pilotadas (drones) proporciona uma alternativa rápida, eficaz e econômica para o diagnóstico de não conformidades nas usinas solares.

Energia solar, energia limpa

Muito tem se falado sobre a preservação do meio ambiente, porém, poucas foram as ações concretas adotadas pelas nações desde o início das discussões. Com a 26º Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de 2021, realizada entre 1 e 12 de novembro de 2021 na cidade de Glasgow, na Escócia, a esperança que os compromissos assinados no Acordo de Paris sejam efetivamente cumpridos. Em sua essência, a COP 26º, mais que uma sessão de negociação formal para que países avancem em seus compromissos e ações climáticas, é também um importante fórum de discussão de soluções para uma ampla variedade de stakeholders mundiais, incluindo grandes empresas privadas preocupadas com as políticas ambientais.

Embora esforços continuem sendo realizados em prol da preservação do meio ambiente, os impactos ambientais e fenômenos meteorológicos extremos devido ao não cumprimento das metas propostas têm sido as cada vez mais frequentes. No Brasil, a estiagem acima da média histórica esvazia os reservatórios das hidrelétricas, obrigando o acionamento de termelétricas, fontes de geração de energia muito mais cara e poluente. Esta situação também aumentou a dependência externa do país, pois necessitamos importar energia elétrica do Uruguai e da Argentina a preços exorbitantes. Cercados com bandeira vermelha e uma conta de luz cada vez mais alta, os consumidores brasileiros aguardam uma solução. E uma das alternativas para solucionar o problema está acima nós, o sol. A energia solar é mais limpa, barata e sustentável, com a vantagem de ser gerada justamente no horário diurno, período em que os brasileiros mais precisam e usam este recurso. A geração própria de energia solar é forte aliada do Brasil para superar a atual crise hídrica. De acordo com recente mapeamento realizado pela Absolar, a região Sul do país é responsável por 23% de todo o parque brasileiro de energia solar. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul possuem 1.925,5 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. A energia solar também tem ajudado o Brasil a diversificar seu suprimento de eletricidade, aliviando a dependência em um único modal de geração de energia (hídrica), reduzindo os riscos de racionamento e de bandeira vermelha na conta de luz.

De acordo com o CEO da Absolar, Ronaldo Koloszuk, desde 2012, a geração própria de energia solar trouxe ao país mais de R$ 30,6 bilhões em novos investimentos, feitos diretamente pelos consumidores. Com isso, gerou 180 mil empregos no Brasil neste período. Dos atuais 6,1 gigawatts (GW) de potência instalada solar em telhados e pequenos terrenos do país, mais de um terço foi implantado em 2020. Mesmo diante da pandemia de COVID-19, o setor seguiu batalhando, sem depender de recursos do governo, com impressionante resiliência. Graças à versatilidade e agilidade da tecnologia solar, basta um dia de instalação para transformar uma residência ou empresa em uma pequena usina geradora de eletricidade limpa, renovável e acessível. Para uma usina solar de grande porte, são menos de 18 meses desde o leilão até o início da geração de energia elétrica. A solar é reconhecidamente campeã na rapidez de novas usinas de geração.

Energia solar, benefício econômico-social

Uma das sombrias consequências geradas pela pandemia de COVID-19 foi o aumento do desemprego, impactando fortemente a população de baixa renda. O encarecimento da conta de energia, os serviços de baixa qualidade e as frequentes quedas de energia que danificam equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos, têm ocasionado transtornos nessa parcela da população. Em contrapartida, o valor da energia solar tem caído consideravelmente, tornando-a mais competitiva. Simultaneamente, a energia solar fotovoltaica também é líder entre as renováveis em outro tema social muito importante: a geração de empregos. São empregos que permitem a formação de mão de obra especializada de qualidade, coerente com uma atividade economicamente sustentável e em ampla expansão.

Hoje é possível adquirir um sistema de geração de energia solar com o dimensionamento correto de acordo com a necessidade de cada edificação. O financiamento pode ser feito por meio de programas específicos de eficiência energética, no qual o período de carência pode chegar a 180 dias, parcelado em 60 meses. Com isso, o valor da parcela da aquisição da usina pode se igualar ao valor reduzido da conta de energia. Dentro do projeto está incluída a homologação do sistema. Contudo, para que o sistema possa fornecer sua produtividade máxima, faz-se necessário uma gestão eficaz, rápida e econômica da usina.

O projeto de uma usina fotovoltaica, seja em um empreendimento residencial ou comercial, vai além da instalação da estrutura e do monitoramento de geração de energia/consumo. É primordial que a equipe técnica analise a necessidade de seus clientes a partir do consumo atual ou previsão de consumo do empreendimento, além de solicitar a devida alteração contratual e tarifária, quando necessária.

Passo a passo do processo de implantação de geração de energia fotovoltaica – Global Drones/INERGE

Inspeção aérea de usinas solares com drones

Nos últimos anos houve uma evolução das aeronaves e dos sensores (câmeras) utilizados para inspecionar infraestruturas. A integração desta tecnologia melhorou significativamente a eficiência e a precisão de inspeção de usinas solares. Comparado com inspeções convencionais, nas quais um técnico precisa verificar painel por painel, muitas vezes percorrendo longas distâncias ou em áreas de difícil acesso como telhados e cobertura de edificações, os drones localizam e identificam com precisão diversas anomalias em um único voo de curta duração.

Falha no sistema de guiamento solar das placas, sujidade, sombreamento, vegetação, trilhas de caracol, delaminação, danos por impactos, falhas de módulos, polaridades invertidas e pontos quentes são anomalias comuns identificadas em um rápido voo com sensores visuais e termográficos embarcados.

O registro digital e termográfico de imagens aéreas permite elaborar mapas detalhados da usina, apontando o local exato do problema e otimizando o tempo da equipe de manutenção. Quanto mais rápida e precisa uma equipe de manutenção puder detectar possíveis defeitos, mais rápida ela atuará e evitará grandes falhas no sistema.
Com isso, a depender do tamanho da usina, em questão de horas é possivel elaborar um laudo técnico estimando o impacto anual em kWh, módulos comprometidos, descrição detalhada das não conformidades e estimativa de receita perdida em caso de não reparo.

Inspeção Visual de Usina Fotovoltaica
Inspeção térmica de não conformidades

Pontos importantes ao contratar um prestador de serviços com drones

Drones, assim como qualquer outra aeronave, devem sem operados com perícia e responsabilidade. Por esta razão, na Global Drones todas as operações são planejadas criteriosamente por um piloto comercial de helicóptero, um engenheiro de energia e um técnico industrial especialista em inspeção de estruturas de geração de energia, considerando as características do terreno, proximidade com obstáculos, aeródromos e helipontos, classe do espaço aéreo local, condições meteorológicas, tipo e potência das estruturas e demais fatores. É importante esclarecer que a operação de uma empresa especializada em inspeção de infraestrutura é bem diferente a de uma empresa (ou pessoa) que realize filmagens aéreas e fotos panorâmicas. Pilotar um drone em campo aberto é significativamente mais simples do que voar sobre a influência de ventos fortes próximo a obstáculos, tais como linhas de transmissão, torres de telecomunicações e usinas solares. Esta atividade demanda a presença de um piloto experiente e um técnico ou engenheiro especialista no tipo de estrutura objeto da inspeção.

A elaboração de um relatório técnico de qualidade é o mais importante para o cliente. Os drones possuem a capacidade de registrar uma grande quantidade de imagens. No entanto, quando coletadas aleatoriamente e sem metodologia específica, acabam demandando um longo período de seleção, análise e, consequentemente, a elaboração de um relatório final longo e subjetivo. Por tal razão, é fundamental que este documento indique, identifique, descreva e priorize todas as não conformidades da estrutura inspecionada, permitindo que o contratante foque objetivamente nas ações imediatas de manutenção preventiva ou corretiva.

Por último, porém não menos importante, é indispensável o cumprimento de todas as exigências legais para o desempenho da atividade, haja vista que, em uma eventual fiscalização, incidente ou acidente com a aeronave, o contratante pode ser considerado corresponsável nas esferas administrativa, civil e criminal. Inscrição no CREA-SC, designação de um responsável técnico, aeronaves devidamente homologadas pela Agência Nacional de Telecomunicações, certificadas na Agência Nacional de Aviação Civil e cadastradas, assim como seus operadores, para informar ou solicitar planos de voos no Sistema de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas do Departamento de Controle do Espaço Aéreo são exigências obrigatórias para prestação e serviço com drones. Também são necessárias a Avaliação de Risco Operacional dedicada a cada operação específica, o porte do manual da aeronave e o Seguro Aeronáutico de Responsabilidade Civil do Explorador ou Transportador Aéreo, documento este que assegura o ressarcimento dos danos causados pela aeronave a pessoas e bens de terceiro no solo em um eventual incidente ou acidente.

A Empresa

A GLOBAL DRONES é uma startup com sede no Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas (CELTA), primeira Incubadora do Brasil localizada do Parque Tecnológico Alfa, em Florianópolis.

Somos uma empresa especializada em inspeções aéreas de infraestruturas de geração, transmissão e distribuição de energia, edificações e mapeamento utilizando aeronaves remotamente pilotadas (drones). Também atuamos no desenvolvimento de sistemas com uso de algoritmos de análise baseados em inteligência artificial, fabricação de aeronaves remotamente pilotadas e treinamentos.

Roberto Ramos – Diretor de Operações Global Drones
Piloto Comercial de Helicóptero e Instrutor de Voo. Pós-graduando em Vants e Drones: Legislação, Planejamento e Aplicações. Especialista em Gestão em Recursos Humanos. Oito anos de experiência no setor aeronáutico, cinco dos quais comandando aeronaves tripuladas.

Jhuan de Souza Oliveira – Diretor Técnico INERGE
Engenheiro de Energia formado pela Universidade Federal de Santa Catarina, com formação complementar pela Indiana Institute of Technology, Fort Wayne – IN – Estados Unidos. Seis anos de experiência no mercado de geração distribuída de energia elétrica e eficiência energética.

Mais informações:
contato@globaldrones.net.br
+55 48 3031-8667