A Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) fecharam uma parceria com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) para avançar na execução do projeto de fortalecimento institucional e no desenvolvimento de novas perspectivas do Programa Espacial Brasileiro.

O propósito da iniciativa é capacitar professores e estudantes da Educação Básica da rede pública, por meio de oficinas baseadas em STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática, na sigla em inglês) com ênfase na área espacial, disseminando conhecimentos sobre exploração espacial, astronáutica, tecnologias e aplicações espaciais, astronomia, dentre outros. Estão previstas capacitações também para estudantes de nível superior do ITA, que atuarão como mentores das oficinas em dez escolas públicas parceiras na cidade de São José dos Campos (SP).

Alinhado à Agenda 2030 e seus Objetivos do Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), especialmente os ODS 4 (Educação de Qualidade) e ODS 5 (Igualdade de Gênero), o projeto se baseia em conceitos da Educação Integral e no estímulo ao engajamento de meninas e mulheres nas áreas STEAM. A iniciativa prevê, portanto, atividades e ações educacionais com foco no protagonismo estudantil, por meio da experimentação. Estão incluídas também ações de mobilização para atuação de meninas e mulheres nas capacitações e oficinas, assim como o levantamento de dados acerca da participação delas no projeto.

As ações do projeto possibilitam, ainda, a transferência de conhecimento técnico-científico na parceria entre o ITA e a AEB, por meio de produtos de conhecimento e sistematização do aprendizado, com o desenvolvimento de materiais didático-pedagógicos digitais de cada uma das oficinas e a produção de minicurso de programação de jogos em Python a ser realizado no ambiente virtual da AEB Escola, o que favorecerá a replicação, nacionalmente, de ações educacionais da AEB a outros estudantes e docentes com pouco acesso às temáticas abordadas nas oficinas.

O envolvimento dos estudantes na elaboração das oficinas deverá torná-los aptos a compreender como as diferentes áreas da ciência se entrelaçam, e a participação de docentes permitirá a introdução de inovações na prática educativa, tornando possível, por meio da vivência e da experimentação, compreender quais as melhores práticas para viabilizar a aprendizagem significativa dos estudantes.

As capacitações e as oficinas se baseiam em três pilares: Conhecimento (saber); Habilidade (como fazer) e Atitude (querer fazer). Desta forma, estudantes e docentes compreenderão o que é fibra óptica, geoplano, célula solar, circuito elétrico e a plataforma de prototipagem eletrônica open source arduíno, por meio de uma aprendizagem baseada no fazer, experimentando sua aplicação prática em astronáutica, em astronomia, e/ou em tecnologias e aplicações espaciais.

“Esse projeto é um piloto no qual vamos ajudar a despertar o interesse pela ciência nas meninas estudantes, empoderando-as para que elas possam não apenas sonhar, mas também seguir seus sonhos. Fortalecê-las nas áreas de STEAM significa ampliar suas possibilidades de futuro, permitir que desenvolvam completamente seu potencial, fortalecendo, assim, o crescimento econômico e social do país.”

Cristiano Prado, coordenador da Unidade de Desenvolvimento Socioeconômico Inclusivo do PNUD no Brasil.

“Aumentar as oportunidades para os jovens estudantes adquirirem fortes habilidades STEM é essencial para que o Brasil possa se fazer notável no histórico de sucesso em ciência e inovação. Inúmeros avanços, desde a descoberta de água em Marte e o desenvolvimento da Internet, não teriam sido possíveis sem uma força de trabalho qualificada e criativa. Novas tecnologias e conhecimento STEM estão no centro de nossa capacidade de fabricar produtos melhores e mais inteligentes, preservar o meio ambiente e proteger a segurança nacional. Indivíduos preparados com habilidades e conhecimentos para inventar, construir, instalar e operar essas novas tecnologias são essenciais, inclusive diante dos desafios recentes na exploração do espaço exterior.”

Aluísio Viveiros Camargo, diretor da AEB.

Com informações do PNUD.

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