As startups são as principais responsáveis por liderar o movimento do New Space, que enseja ideias disruptivas sobre o setor espacial, este não mais dependente exclusivamente de recursos públicos, mas também aberto a investimentos privados. Foi assim que se consolidaram empresas como SpaceX, Blue Origin e Virgin Galactic. Só que esse mercado vai muito além delas e os investidores já perceberam isso.

Hoje existem centenas de startups espaciais espalhadas pelo mundo, desenvolvendo soluções para um segmento que não para de crescer – segundo a Euroconsult, a economia espacial movimentou US$ 464 bilhões em 2022 e deve atingir cerca de US$ 737 bilhões na próxima década.

Uma fatia desse montante tem sido direcionada para startups espaciais. A Bryce Tech apontou que elas receberam US$ 15,4 bilhões em investimentos diretos em 2021, a maioria oriunda de empresas de Venture Capital (US$ 9 bilhões). De acordo com o estudo da consultoria especializada no mercado espacial, 212 startups espaciais receberam investimentos de 596 investidores naquele ano.

É nítido o avanço dos investimentos nessas startups, visto que entre 2000 e 2020 o repasse de recursos para startups espaciais somou US$ 36,7 bilhões. Ou seja, em apenas um ano, investidores colocaram quase metade de todo o recurso destinado em duas décadas. Na comparação direta com 2020, o aumento foi de 102%.

Essas startups atuam em diversos segmentos do setor espacial, que vão desde constelações de satélites para provimento de acesso à internet de banda larga, passando por turismo espacial e chegando aos veículos lançadores, os foguetes, e os pequenos satélites, conhecidos como smallsats, que fornecem inúmeras soluções fundamentais para a sociedade.

No Brasil, as startups espaciais também existem e estão movimentando a cena local com o desenvolvimento de novas tecnologias e ofertando soluções para diversos mercados. Essas empresas atuam tanto na fabricação de satélites, como no lançamento e serviços em solo. Sem contar toda a cadeia produtiva que movimentam.

Não é por acaso que as startups vêm se organizando no país para gerar mais negócios e atrair investimentos. Em 2020, por exemplo, foi criada a Aliança das Startups Espaciais Brasileiras (ASB), que reúne startups do setor e as coloca no centro das demandas por serviços espaciais no Brasil.

E é nesse sentido que o SpaceBR Show, organizado pela MundoGEO, tem aberto espaço para as startups do setor, não apenas para mostrarem o que estão desenvolvendo, mas também para colocá-las em contato direto com investidores.

Em 2022, foi realizado o primeiro Space Pitch dentro do SpaceBR Show, premiando startups – inclusive com participação da Amazon Web Services – e promovendo encontros com investidores. Neste ano, o Space Pitch está ainda mais forte, com premiação mais alta e mais visibilidade para as startups. Além disso, é uma oportunidade única para investidores conhecerem os potenciais negócios na área espacial.

As inscrições de startups para o Space Pitch vão até 24 de março no site: www.spacebrshow.com/startups/.

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