Especialistas em engenharia espacial revisaram e aprovaram o projeto da Constelação Catarina, um conjunto de nanossatélites de coleta de dados que será integrado com sistemas já existentes, como o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados (SBCD) e o Sistema Integrado de Dados Ambientais (SINDA). O objetivo da constelação é auxiliar setores como a agropecuária e a defesa civil.

A revisão de avaliação ocorreu no Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados, em Florianópolis (SC), onde o projeto é desenvolvido, em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Durante a revisão, presidida por um representante da empresa Visiona, técnicos da AEB, da UFSC e do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) puderam atestar a qualidade do design do satélite. A aprovação da Revisão de Design Preliminar (PDR, em inglês) significa que o conceito do satélite atingiu maturidade tecnológica suficiente para prosseguir para a fase de detalhamento.

De acordo com o gerente do projeto Constelação Catarina no SENAI, Augusto De Conto, o aval da banca representa uma conquista para o desenvolvimento de tecnologias espaciais no estado de Santa Catarina. “Isso mostra que o projeto está seguindo na direção correta, pois atesta a capacidade do Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados para o desenvolvimento de sistemas satelitais”, comemora.

O coordenador de Satélites e Aplicações da AEB, Rodrigo Leonardi, lembra que esse projeto é uma importante entrega no marco do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) 2022-2031. “A Constelação Catarina se enquadra como um Programa Setorial no contexto deste PNAE. Trata-se de um conjunto de sistemas espaciais que se baseia no uso de nanossatélites para prover serviços de coleta de dados ambientais, atmosféricos e de observação da Terra, com intuito de ajudar gestores públicos e produtores rurais”, explica.

Os sistemas da Constelação Catarina complementam-se por meio do compartilhamento colaborativo de infraestruturas espaciais, de conhecimento, de dados, de serviços e de aplicações espaciais. Mesmo atendendo prioritariamente os setores agropecuário e de defesa civil, suas aplicações podem ser estendidas a outros setores, de maneira a contribuir para a agenda de desenvolvimento socioeconômico sustentável do país.

Com informações da Agência Espacial Brasileira (AEB)

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