O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Finep anunciaram nesta sexta-feira (5), em São José dos Campos (SP), o repasse de R$ 360 milhões para o desenvolvimento de projetos estruturantes da indústria aeronáutica e espacial do Brasil. Os recursos são de subvenção econômica à inovação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e, portanto, não reembolsáveis.

Um dos contratos, assinado com a Visiona Tecnologia Espacial S.A no valor de R$ 219 milhões, representa o maior valor em subvenção econômica concedido pela Finep em toda a sua história. O segundo maior, de R$ 120 milhões, foi firmado com a empresa Embraer. Os contratos foram assinados pela ministra Luciana Santos durante evento em comemoração aos 30 anos da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB).

O contrato com a Visiona, uma joint-venture entre Embraer Defesa & Segurança e a Telebras, prevê o desenvolvimento de um satélite de pequeno porte de Observação da Terra de alta resolução. A Visiona é a executora e as coexecutoras são a Fibraforte, a Opto, a Equatorial Sistemas, a Orbital Engenharia e a Kryptus.

A expectativa do MCTI é de que o satélite seja utilizado para o monitoramento e vigilância de florestas, rios e mares, proteção de terras indígenas, defesa e segurança pública.

Segundo a ministra Luciana Santos, os investimentos na indústria aeroespacial têm repercussões para além do setor, como na educação e na formação de mão de obra especializada. “Ao criar demanda por profissionais especializados, os incentivos à indústria aeroespacial estimulam as universidades e centros de pesquisa a produzir conhecimento. Além disso, criam oportunidades para novas startups e empresas de tecnologia de pequeno e médio porte, gerando emprego de alta qualidade e reduzindo a fuga de cérebros”, ressaltou.

De acordo com o diretor de Inovação da Finep, Elias Ramos de Souza, o apoio a projetos estruturantes do setor aeroespacial brasileiro demonstra o compromisso da Finep com a reindustrialização do país, baseada em inovação. “Desta forma, é possível elevar a competitividade mundial da nossa indústria aeronáutica e garantir a soberania nacional em tecnologias espaciais estratégicas”, disse.

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