Primeiramente precisamos ter em mente o que são pontos de apoio. Basicamente, pontos de apoio são elementos no terreno que são possíveis de serem  visualizados na imagem. Estas feições devem ser identificáveis, ou seja, possuir coordenadas conhecidas obtidas por um receptor GNSS a fim de garantir precisão no trabalho.

Características

Os pontos de apoio possuem ainda subdivisões:

  •  Podem ser naturais ou artificiais

Pontos naturais são aqueles já existentes no terreno, sendo estes mais usuais em áreas urbanas onde temos maiores manifestações antrópicas de forma geométrica. Já os pontos artificiais são aqueles produzidos para este fim, são pontos inseridos no terreno (seja por tecido, tinta, cal, etc) no dia do voo.

  • Podem ser pontos de controle ou pontos de checagem

Pontos de controle estabelecem relação precisa entre as imagens e o terreno e garantem que a correção da acurácia seja feita de forma homogênea no processamento de imagens já os pontos de checagem são utilizados para verificar a acurácia do projeto, ou seja irão checar as coordenadas obtidas no processamento e  as coletadas em campo e calcular a diferença entre elas, que será o erro posicional do seu projeto.

As dimensões dos pontos de apoio dependem do GSD escolhido. Em uma escala de aproximadamente 10-15 vezes o valor do GSD, claro que outros fatores como grandes variações do GSD no terreno devido às diferentes altitudes podem interferir neste quesito.

Quanto maior o número de pontos de apoio, melhores são os resultados finais; porém, convém verificar até onde é economicamente viável a instalação destes pontos.

E é aqui que surge a grande dúvida: mas afinal, qual a regra para a quantidade de pontos de apoio?

E a grande verdade é que é impossível definir uma regra neste quesito, que irá se aplicar ao menos a maioria dos trabalhos. Para exemplificar isto, faremos uma analogia: Imagine que precise costurar um tecido em outro onde ambos possuem deformações.

Como vemos na imagem existem pontos em que iremos conseguir “fixar” um tecido no outro de forma mais precisa, enquanto que se deixarmos alguns locais específicos sem pontos ele pode ficar “solto demais”.

Agora imagine que o tecido azul é o terreno em si com os pontos de coordenadas precisas e o tecido verde o terreno “digital” – aquele que você obteve através do processamento. Diferentes terrenos terão diferentes deformações/acidentes naturais, ou seja,  diferentes pontos-chave para se amarrar um ao outro. Daí a impossibilidade de se definir x pontos para tantos hectares.

Tanto é um fato da nossa área que inclusive a nova norma de Georreferenciamento de Imóveis Rurais removeu a quantidade mínima de pontos de apoio, pois em muitas das vezes estes eram excessivos para as áreas a serem levantadas, sendo possível alcançar a precisão estabelecida sem o mínimo de pontos necessários. 

Como definir onde inserir Pontos de Apoio

Podemos instruí-lo a tomar melhores decisões na determinação dos seus pontos de apoio com algumas dicas, como:

1) Inserir pontos nas extremidades da área

Inserir pontos nas extremidades da sua área de estudo é o primeiro passo a ser tomado na distribuição destes. Defina pontos em todas as “pontas” do seu plano de voo. Aqui asseguramos que não teremos “pontas soltas” entre os nossos “tecidos”.

2) Dividir a área 

Por exemplo, você pode dividir ao meio, depois em 1/4 e assim sucessivamente até ter pontos o suficiente para “amarrar” sem deixar um lado muito solto. Isso garantirá que seus pontos sejam distribuídos de forma homogênea na área. Ah, e não se esqueça dos pontos de checagem, estes podem ser aproximadamente 1/3 da quantidade de pontos de controle.

Evitar áreas extensas sem nenhum ponto de apoio (controle e checagem) é muito importante também para a devida distribuição. Ou seja, os pontos devem contemplar toda a área de interesse de forma homogênea. Garantindo assim que os tecidos da nossa analogia ficarão bem presos e que será validada a qualidade posicional em diferentes partes do terreno.

3) Viabilidade

Em alguns locais o fator decisivo será exclusivamente a viabilidade de inserção destes pontos. Uma boa solução aqui pode ser inserir pontos onde há grandes variações de altitude no terreno.

Aqui, a ideia é prender possíveis “buracos” , então teremos pontos em áreas mais baixas e pontos em áreas mais altas. Caso sejam inseridos pontos somente nas áreas mais altas, por exemplo, nas áreas mais baixas nosso tecido não ficará totalmente preso.

4- Múltiplos voos

Por último, mas não menos importante, inserir pontos de controle entre as sobreposições dos voos também é muito importante para garantir a correta amarração entre estes.

Bom, com base nas indicações entende-se a impossibilidade de definir regras para a determinação da quantidade de pontos de apoio em seus trabalhos, visto que cada área terá suas próprias particularidades.

A distribuição dos pontos de controle deve ser feita de forma homogênea. Mas não somente isso, outros fatores interferem na distribuição a ser definida, como relevo, precisão pretendida, viabilidade de instalação destes pontos.

Entende-se então que nada como o conhecimento teórico da técnica para conseguir discernir sobre os melhores locais a serem inseridos os pontos de apoio, assim como em demais passos do mapeamento aéreo.

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