Em um país de proporções continentais e atividades econômicas que acompanham esse tamanho, muitas vezes, a fiscalização das operações torna-se um desafio para as grandes empresas, sejam elas públicas ou privadas.

Para auxiliar nesse cenário, a startup Wil, um ecossistema de monitoramento móvel recorrente do Brasil, criou uma plataforma que reúne mais de três mil pilotos de drones, espalhados em 442 cidades brasileiras, disponíveis para fazer vistorias nos setores de utilities, construção civil, energia, dentre outros.

Chamada de Willfly, a solução não só conecta profissionais de drone experientes com companhias que desejam acompanhar as suas atividades de forma remota, ao vivo ou não, mas também engloba tecnologias para a análise e armazenamento das imagens captadas.

O recurso chamou a atenção de organizações como a Cagece (Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará), responsável pelo abastecimento de água e tratamento do esgoto da região onde a Wil foi fundada, em 2021.

Com voos mensais realizados para Cagece há três anos, desde o início da operação da startup, os fiscais podem acompanhar todas as obras ativas em um curto espaço de tempo e com o auxílio de material em vídeo do começo ao fim do projeto. Essa prática permitiu à empresa a redução no cronograma de obras de até um ano.

Além disso, com o acompanhamento do canteiro de obras, principalmente para planejamento, controle e cumprimento dos projetos, a empresa também consegue fazer o levantamento das áreas em que as obras serão executadas e reuniões online com as equipes de campo. Isso reduz  o tempo de deslocamento dos times de gestão e outros setores da empresa até os locais das fiscalizações. 

O material exclusivo produzido para a Cagece contribui ainda para o alinhamento entre as equipes, facilitando a comunicação, a tomada de decisão e adiantando as entregas à população. De acordo com o gerente de Obras da Capital e Região Metropolitana de Fortaleza na Cagece, Celso Lira, a utilização da solução da Wil foi fundamental na antecipação da conclusão do projeto. 

“Com o Willfly, nós conseguimos adiantar a entrega da obra em um ano. Sem o recurso nós não conseguiríamos fazer o cronograma de obras andar. Além disso, a solução disponibiliza a capacidade de olharmos como se estivéssemos no local mesmo e isso trouxe um ganho de tomada de decisão fantástico”,

afirma Lira.

Segundo o CEO da Wil, Marcelo Quinderé, a oportunidade de otimizar processos de vistorias com o uso do drone traz vantagens competitivas para as empresas, que vão desde inovação até redução de custos.

“O nosso propósito é dar a oportunidade ao cliente de visualizar cada aspecto de sua atividade como se estivesse no local, acelerando a tomada de decisão, mitigando erros e atrasos nas operações e, consequentemente, contribuindo com a redução de custos. No final, todo o público que utiliza o serviço em questão também é beneficiado”,

conclui.

Como a rede de drones funciona

Na prática, após a empresa interessada no monitoramento móvel agendar o voo, o piloto de drone é acionado e a captação das imagens é realizada em até 24 horas. Por ser uma aeronave não tripulada, controlada remotamente e capaz de captar imagens com precisão, o drone fornece as informações desejadas de maneira rápida, fácil e sem a necessidade de enviar responsáveis até o local. Isso, combinado à alta tecnologia desenvolvida pela startup no tratamento dos dados, é o que proporciona mais assertividade para os usuários, como explica o COO da Wil, Augusto Neto.

“Criamos uma plataforma exclusiva que possui todas as ferramentas necessárias para análise das imagens e que facilitam a observação dos mínimos detalhes. O cliente pode decidir, por exemplo, assistir ao monitoramento gravado ou em tempo real, junto à sua equipe, enquanto interage com os pilotos e faz observações diretas na plataforma. Além disso, devido ao histórico das gravações, o usuário tem a possibilidade de acompanhar toda a evolução do seu projeto”,

destaca Neto.

Dessa forma, a Wil já viabilizou mais de 2 mil vistorias via drone, com demanda principalmente dos setores de utilities (água, gás encanado e energia), telecomunicações, construção civil e mineração. Além da Cagece, estão entre os clientes da startup companhias como Cedae, Sabesp, Comgás e mais. 

Hoje, além do escritório em Fortaleza – CE, a Wil possui escritório em São Paulo e planeja crescer até 675% em 2024, com a presença de  pilotos de drones em 700 cidades brasileiras. Entre os planos da startup também está previsto incorporar à solução com drones o uso de inteligência artificial e o mapeamento de áreas para projetos de engenharia.

Com informações e imagens da Wil


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