Amazônia e o Cerrado registraram quedas significativas nos índices de desmatamento em 2024. Os dados foram apresentados na última quarta-feira (6/11), pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o Prodes, Projeto do Sistema de Monitoramento dos Biomas Brasileiros (BiomasBR) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), na Amazônia o valor da taxa estimada é de 6.288 km2, representando uma redução de 30,6% em relação a 2023, marcando o menor índice dos últimos nove anos.
Já o Cerrado, que havia apresentado alta nos últimos cinco anos, observou uma queda de 25,7% em comparação ao ano passado, com taxa em 8.174 km2. Esses resultados indicam uma desaceleração no avanço do desmatamento em ambas os biomas, o que reflete os resultados das políticas ambientais recentes e os esforços de preservação.
Anualmente, o INPE, unidade vinculada ao MCTI, prepara o mapeamento da supressão de vegetação dos biomas brasileiros, sendo que Amazônia e Cerrado são os primeiros a serem concluídos e entregues. O PRODES realiza o monitoramento usando imagens de satélite para identificar e quantificar áreas desmatadas, fornecendo uma base confiável para análise e fiscalização. A taxa anual de desmatamento da ação tem sido usada como indicador para a proposição de políticas públicas e para a avaliação da efetividade de suas implementações.
Detalhes técnicos dos resultados apresentados podem ser encontrados nas Notas Técnicas publicada em https://drive.google.com/file/d/1VuUWiABaaR8NAv5krtroHZpzc6GrVHUZ/view?usp=sharing e https://drive.google.com/file/d/10mXlx5zDbDXCGcR36dQHytPtJZhcJ2cg/view?usp=sharing.
Por dentro do Prodes
O Prodes utiliza imagens de satélites da classe Landsat (20 a 30 metros de resolução espacial e taxa de revisita de 16 dias) numa combinação que busca minimizar o problema da cobertura de nuvens e garantir critérios de interoperabilidade. As imagens do satélite americano Landsat-5/TM foram, historicamente, as mais utilizadas pelo projeto, mas as imagens do sensor CCD a bordo do Cbers-2/2B, satélites do programa sino-brasileiro de sensoriamento remoto, foram bastante usadas. O Prodes também fez uso de imagens LISS-3 do satélite indiano IRS-1 e também das imagens do satélite inglês UK-DMC2. Atualmente faz uso massivo das imagens do Landsat 8/OLI, Cbers 4 e IRS-2.
Com informações e imagens do INPE
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