O Brasil participa da evolução da Cartografica Mundial

Representar apenas uma área geográfica em uma superfície plana como em um mapa ou gráfico passou a ter dimensões cada vez maiores. A descoberta do "novo mundo" na era das grandes navegações trouxe a realidade de se trabalhar com projeções de superfícies curvas em impressões planas. Hoje, ela é feita através de fotometria e de sensoriamento remoto por satélite e, com a ajuda de computa-dores, mais informações podem ser visualizadas e analisadas pelos usuários, fazendo mapas que chegam a ter precisão de centímetros.

O Brasil também vivenciou esta evolução, mais recentemente com a transformação dos conhecimentos desta ciência em cursos de graduação. Ela começou a ser estudada no país em 1875, data referente a formação de engenheiros especialistas em trabalhos cartográfico na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. No entanto, a primeira unidade universitária a obter êxito na formação sistemática, segundo dados da Associação Brasileira de Engenheiros Cartógrafos (ABEC- www.abecsp.org.br), foi a Escola do Exército, atual Instituto Militar de Engenharia (IME), que desde a sua formação em 1941, diploma engenheiros para trabalhos cartográficos, os quais vinham desde o início tendo formação para a produção de Cartas Topográficas (Engenheiros Geógrafos e Engenheiros de Geodésica e Topografia).

Ainda de acordo com a ABEC, a formação de Engenheiros Cartógrafos, os quais não se limitam às Cartas Topográficas, foi uma iniciativa da antiga Universidade Estadual da Guanabara, em 1965, atual UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro (www.uerj.br). Atualmente existem 5 cursos de graduação em Engenharia Cartográfica além do pertencente à UERJ.

Um dos mais importantes e conceituados cursos do Brasil, segundo GUIA da Editora Abril de Engenharia Cartográfica, é o da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que mantém a graduação desde 1977. Até 2003 tinha formado mais de 300 cartógrafos (www.cartografica.ufpr.br).

A UNESP – Universidade Estadual Pau-lista, campus de Presidente Prudente, também contém o curso desde o final da década de 70, sendo sua primeira turma formada em 1982. São 28 anos inserindo diversos profissionais no mercado de trabalho (www2.prudente.unesp.br/dcartog).

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) criou oficialmente o curso de Graduação em Engenharia Cartográfica em 1995, através da Resolução nº. 19/95 da Câmara de Ciências Exatas e Tecnologia do Conselho de Coordenação do Ensino e Pesquisa (www6.ufrgs.br/engcart)

O Curso de Engenharia Cartográfica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), único existente no Nordeste e Norte do país, faz parte dos seis cursos existentes no Brasil (www.ufpe.br/de-cart)

Outro passo importante para a história da cartografia brasileira foi a iniciativa do IME em criar a linha de pesquisa em Cartografia Automatizada, originada primeiramente em 1980 e 81 com a elaboração de dois Projetos de Fim de Curso, na graduação em Engenharia Cartográfica, sob os títulos "Análise de Veiculação de Informações Cartográficas" e "Geração de Mapas Anaglífos através de Software de Superfícies de Contorno".

A ação do IME contribuiu para a forte presença atualmente da tecnologia das atividades da cartografia no país. Cartografia Automatizada era vinculada ao Curso de Pós-Graduação em Informática, estreita ligação que criou um ambiente ideal para formação e especialização. Pode-se ainda considerar como sub-linhas de pesquisa, as seguintes: Sistemas de In-formação Geográfica; Modelagem Digital do Terreno; Processamento de Imagens e Automação de Processos. (www.ime.eb.br/~webde6/diss-def.html)

As universidades citadas também contêm cursos de especialização no segmento. Basta acessar os sites e conferir nos links pós-graduação e mestrado.