O ritmo de desmatamento da Mata Atlântica nas florestas originais e nas áreas mais conservadas diminuiu nos últimos cinco anos, como mostra o Atlas SOS Mata Atlântica/Inpe. Apesar disso, nos pequenos fragmentos e nas florestas mais alteradas a destruição continua na mesma intensidade de 15 anos atrás. Essa informação foi divulgada pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), durante o lançamento do novo Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, que aconteceu na quinta-feira (12/12).

A mudança de tecnologia do trabalho permitiu mapear áreas menores, de até 10 hectares (contra 50 hectares nos levantamentos anteriores), e incluir florestas em estágios médios de regeneração. Antes a escala era 1:250.000, e agora foi utilizada 1:50.000. Pelo novo levantamento, entre 1995 e 2000, a Mata Atlântica passou de 16,6% de sua extensão original para 16,4%. Se forem consideradas apenas as áreas mapeadas anteriormente (matas bem preservadas e de grandes extensões), esse índice passou de 7,3%, em 1995, para 7,1%, em 2000. O monitoramento por imagens de satélite da SOS Mata Atlântica e do Inpe é feito em dez dos 17 estados que compõem a Mata Atlântica. Inclui a totalidade das áreas do bioma nos estados das regiões Sul e Sudeste, Mato Grosso do Sul e Goiás, além do sul da Bahia. Isso corresponde a 1.181.000 Km², ou seja, 87% da área total de domínio da Mata Atlântica.

As informações são da Agência Estado.