O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) realizará, com o apoio da MundoGEO, um webinar no próximo dia 2 de julho com o tema UTM e a escalabilidade das operações de drones no Brasil em um ambiente digitalizado.

A aviação não tripulada tem evoluído rapidamente e, consequentemente, as capacidades dos chamados drones continuam num processo contínuo de melhorias, com base na evolução tecnológica. O mercado promissor desta nova era da aviação tem mostrado um potencial diversificado, podendo ser aplicado em inspeções e monitoramento de infraestruturas críticas, levantamento e mapeamento, filmagem e fotografia, agricultura de precisão, busca e salvamento, socorro em desastres e segurança pública. Para que se possa explorar essa tecnologia em toda sua capacidade, não se pode limitar a operação em linha de visada visual (Visual Line of Sight – VLOS), sendo necessário estabelecer um mecanismo que permita o voo além da linha de visada visual (Beyond Visual Line Of Sight – BVLOS), permitindo que o setor seja utilizado em sua total potencialidade. Outrossim, o sistema de gerenciamento de tráfego (Air Traffic Management – ATM), da maneira como foi concebido, não atende, de forma rentável e segura, à escalabilidade das operações e necessidades deste novo segmento. Surge então, o conceito de gerenciamento do tráfego do sistema de aeronaves não tripuladas (Unmanned Aircraft System Traffic Management – UTM). 
 
UTM é definido como um subsistema do ATM, com o objetivo de proporcionar o gerenciamento seguro, econômico e eficiente de operações do Sistema de Aeronaves não Tripuladas (Unmanned Aircraft System – UAS), por meio do fornecimento de facilidades e de um conjunto de serviços colaborativos entre todos stakeholders envolvidos, compreendendo funções aéreas e terrestres. 

Alguns fatores, contudo,  devem ser levados em consideração por ocasião da implantação do sistema UTM, tais como: existência de uma rede móvel (infraestrutura de mobile) que atenda aos requisitos de segurança estabelecidos pela Autoridade Reguladora, questões relativas à privacidade e à aceitação pública nas operações de delivery; variações no sinal GPS, principalmente em grandes centros urbanos, ocasionando degradação na precisão da navegação; modelo de negócio adotado (centralizado ou decentralizado); requisitos para o estabelecimento da prestação de serviço (USS – UAS Service Supplier) e etc.

Se você utiliza ou pretende utilizar a aviação não tripulada de forma comercial, envie suas dúvidas e/ou comentários até 14 de junho para que possamos direcionar a abordagem do evento, proporcionando, dessa forma, uma maior fluidez no debate: