O Tribunal de Contas do Paraná está recorrendo ao uso do GPS nas inspeções em obras públicas. Com o cadastramento da localização das construções, os técnicos do Tribunal querem evitar que o endereço de uma obra já concluída ou paralisada seja usado para maquiar o desvio de dinheiro público que seria destinado a outros projetos.

A localização das obras, medidas pelo GPS, vão alimentar o Sistema de Informações Municipais, um banco de dados ligado à internet por onde os prefeitos podem enviar as informações sobre a aplicação de suas verbas públicas. Com o auxílio do GPS, a fiscalização dos técnicos será agilizada. Eles poderão efetuar o cruzamento de informações anexadas ao sistema via aparelho com as enviadas pelos municípios.

Caso o endereço da obra informada pela prefeitura não bater com o registrado pelos auditores por meio do GPS, os técnicos terão facilidade em descobrir que o dinheiro não foi usado naquele projeto. Desde o ano passado, o tribunal vem acompanhando o número de obras inacabadas existentes no estado. Já foram catalogadas 1.055 construções que não chegaram ao fim. Todas terão a localização registrada pelo GPS.

O objetivo é evitar que o endereço das obras paralisadas também seja usado em prestações de contas de futuros projetos que envolvam dinheiro do contribuinte.