O Ministério do Meio Ambiente promoveu no final de agosto uma audiência pública para apresentar o projeto Base Cartográfica Digital Contínua da Amazônia Legal em escala 1:100.000.

O objetivo foi debater com a sociedade o projeto que vai garantir a conclusão digital da base cartográfica dos nove estados da Amazônia Legal.

A ferramenta vai beneficiar todas as áreas das três esferas do governo, auxiliando no planejamento territorial e no licenciamento ambiental.

Base cartográfica

A base cartográfica será elaborada pela Diretoria de Serviço Geográfico do Exército (DSG) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), instituições constitucionalmente responsáveis pela cartografia do país. O projeto, que integrará o Sistema Cartográfico Nacional, vai auxiliar no planejamento do desenvolvimento sustentável e na gestão ambiental da região.

O trabalho prevê o mapeamento digital completo de toda a Amazônia, incluindo vegetação, rede viária, florestas, divisão política, hidrografia, entre outras áreas espaciais e territoriais da região. “O sistema de referência sobre a região será compartilhado em um único arquivo e contribuirá para o planejamento estratégico da gestão governamental, além de poder otimizar os recursos”, esclarece Francisco Cavalcanti, secretário técnico do SPRN. De acordo com ele, o sistema vai promover a sinergia entre todas as áreas do governo.

O custo total para a implementação do projeto é de R$ 11 milhões, o que corresponde a 468 mil reais de contrapartida do governo federal e US$ 4,5 milhões doados pelo Fundo de Florestas Tropicais (RFT) e pela Comunidade Européia, com gerenciamento do Banco Mundial.

O prazo de execução é de dois anos. O projeto prevê a produção de oito lotes de cartas por trimestre até 2008. “O primeiro deverá ser entregue ainda este ano”, informa Francisco Cavalcanti.

Serra dos Apiacás, no Amazonas

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