Em 2006 o IBGE completa 70 anos de pesquisas, comemorando redução no orçamento e diminuindo a distância com os usuários na divulgação de seus resultados.

Sete décadas atrás, o então presidente Getulio Vargas nomeou uma equipe no governo para construir o que chamou, em termos técnicos, de “arcabouço dos sistemas de informação do país”. Estava criado o Instituto Nacional de Estatística (INE), que ao incorporar, tempos depois, o Conselho Brasileiro de Geografia transformou-se no agora septuagenário Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por dia, são duas mil entrevistas domiciliares para a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e coleta de preços de mais de 500 gêneros de consumo. Por mês, investiga a produção de 3,7 mil indústrias e 7,6 mil empreendimentos comerciais em todo o País.

Desde os anos 60, o IBGE visita cerca de 140 mil lares uma vez por ano para entregar aos brasileiros a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), o mais completo diagnóstico socioeconômico do Brasil. Uma vez por década, o instituto visita cada residência para contar a população e suas condições de vida.

Investiga a produção agrícola nos 5.564 municípios. Pesquisa preços de 8,8 mil insumos para gerar 46 mil informações sobre o custo da construção civil em todos os estados.

Quando o IBGE surgiu, oito em cada dez habitantes do Brasil viviam no campo. Hoje, a proporção é de 80% nas cidades. Em 1979 começou a calcular índices de preços. Hoje, seu IPCA é referência do sistema de metas de inflação, pelo qual o Banco Central baliza a política monetária.

O aperto financeiro é constante. Em 2005, a verba liberada foi suficiente para honrar sem atraso todos os pagamentos. Este ano, o atraso na aprovação do orçamento federal só permitiu a liberação de um duodécimo da verba prevista a cada mês.

Para reduzir o impacto orçamentário e a distância na divulgação, o IBGE estuda fazer o censo contínuo, que já existe na França e nos EUA. As duas pesquisas (PNAD e PME) serão integradas a partir de 2008.

O PIB, até o fim do ano, terá a base de dados atualizada. Está em estudo a realização de uma pesquisa sobre uso do tempo, que vai determinar os períodos dedicados ao trabalho, lazer, estudos, etc..


Selo lançado em homenagem
ao aniversário do instituto