A informação espacial atualizada do território é ferramenta indispensável para todo aquele que se propõe a fazer ações de planejamento, gestão ou projetos de maneira eficaz e sustentada. Cada uma dessas áreas apresenta diferentes enfoques que devem interrelacionar-se de maneira a possibilitar ações coordenadas. Na área de planejamento, tem-se o enfoque como uma visão de futuro, que parte do conhecimento das ocupações contemporâneas do território, e as relações entre sociedade e o meio, com relação à infra-estrutura, meio ambiente, equipamentos sociais, circulação, armazenamento, abastecimento e logística.

Na gestão de qualquer atividade que se desenvolve em um território, a relevância se dá no conhecimento dos elementos contemporâneos de sua ocupação, com vistas à preservação, recuperação e uso de seus recursos em benefício da sociedade, bem como em levantamento de dados, para planejamento futuro. Para projetos, necessita-se do levanta-mento das áreas mais adequadas à intervenção, sempre equilibrando-se a equação da implementação e sustentabilidade, e respectivo dimensionamento para projetos executivos e obras.

Em função disso, várias escalas de mapeamento são necessárias. Porém, deve-se lembrar que toda informação, obrigatoriamente, deve ser atual, permitindo ações adequadas.

Para a execução dos mapeamentos, atualmente dispõe-se de inúmeras metodologias baseadas em distintos sensores, que atendem às mais diversas necessidades de informação espacial atualizada. Cada uma delas é recomendada a um determinado tipo de mapeamento, em função de características próprias apresentadas pelos sensores.

Câmaras aéreas métricas baseadas em filme são, no Brasil e no mundo, as mais empregadas para a captação das imagens de alta resolução. Têm como característica o atendimento de escalas das mais diversas, indo de médias a grandes escalas, como o 1:50.000 até o 1:500.

Câmaras aéreas métricas digitais de largo formato apresentam como característica o mapeamento em escalas maiores que vão do 1:5.000 até 1:250, além de captar, simultaneamente aos canais coloridos, a banda do infra vermelho próximo (muito útil em aplicações ambientais).

Câmaras aéreas métricas digitais vêm ganhando espaço onde maior resolução espacial é requerida. Utilizadas também para estudos ambientais
-> Câmaras aéreas métricas digitais vêm ganhando espaço onde maior resolução
espacial é requerida. Utilizadas também para estudos ambientais

Ambas permitem a construção de bases cartográficas vetoriais, ortoimagens e modelos digitais de terreno com grande exatidão. É, sem dúvida, a metodologia mais largamente empregada para a elaboração de mapeamentos.

Sensores de varredura a laser aerotransportados (Airborne Laser Scanning – ALS), são excelentes na captura de coordenadas XYZ de nuvens de pontos com boa exatidão. Devido à característica do sensor, pode-se obter, mesmo em locais de vegetação não muito densa, a informação da altitude do terreno. Quando se trata de aplicações em que um modelo de elevação digital é necessário, tais como simulações, modelos virtuais, perfilamento, estudos urbanísticos e ambientais, é sem dúvidas a metodologia mais adequada a se empregar. Associada a imagens obtidas por câmaras métricas, que fornecem informações planimétricas, pode-se gerar excelentes produtos cartográficos de grande exatidão.

O radar de abertura sintética (Synthetic Aperture Radar – SAR) aerotransportado, devido a propriedades características da faixa do espectro de ondas de seus sensores, apresenta-se como uma solução bastante interessante em locais aonde existe permanente cobertura de nuvens. O SAR também permite a obtenção de imagens de radar e de modelos digitais de terreno, com exatidão na casa do metro.

Radar de abertura sintética (SAR) aerotransportado - uma interessante solução para regiões extensas e de permanente cobertura de nuvens
-> Radar de abertura sintética (SAR) aerotransportado – uma interessante
solução para regiões extensas e de permanente cobertura de nuvens

Uma maneira que se apresenta como solução rápida e econômica para geração de bases cartográficas em pequena e média escala, é a utilização da metodologia de geração de modelos digitais de superfície e ortofotocartas, elaboradas a partir imagens aéreas métricas.

A BASE está comprometida a ser, em breve, a primeira empresa brasileira a disponibilizar ao mercado todas essas metodologias, desde câmaras aéreas métricas, a filme ou digitais, sensores de varredura a laser (ALS) e sensores a radar (SAR) aerotransportados. Tudo isso tendo em conta a importância da informação espacial do território como ferramenta indispensável para o desenvolvimento nacional.

Ivan Valeije Idoeta
Engenheiro eletricista e agrimensor
Vice presidente da BASE Aerofotogrametria
ivan@baseaerofoto.com.br