Um acordo de cooperação técnica, firmado entre o governo do Mato Grosso (MT) e o exército brasileiro, coloca o Estado como o primeiro entre os da Amazônia Legal a ter mapeamento digital, em escala 1:100.000.

O acerto vai permitir que as cartas topográficas existentes tenham suas bases analógicas convertidas para digitais por imagem de satélite Landsat-7 TM.

Cinco equipes formadas por técnicos do exército e do governo já estão em campo, na região de Cáceres, registrando imagens orbitais através de pontos coletados por um GPS geodésico. De lá, a equipe prossegue o trabalho percorrendo todo o oeste de Mato Grosso até a divisa com o Amazonas.

Nesta primeira campanha serão registradas quinze das 44 imagens do Estado. Para Lígia Camargo, engenheira cartógrafa e técnica da Superintendência de Informação do MT, o estado ganha informações mais precisas através desse acordo.

Ela explica que o mapeamento brasileiro foi elaborado entre as décadas de 60 e 70 pelo exército e pelo IBGE, num trabalho aéreo. As cartas contêm redes hidrográficas e viárias, vegetação, curvas de nível entre outros elementos.

Segundo Lígia, o sistema viário atualmente já é outro, bem como os limites dos municípios das áreas legalmente protegidas – como as terras indígenas e as unidades de conservação. “O que vai acontecer agora é um ajuste, um enriquecimento dessas cartas com bases digitais”, afirma.

A expectativa é que as equipes realizem todas as campanhas de campo até agosto, dentro do processo de elaboração das cartas topográficas. A proposta é que o trabalho completo seja disponibilizado para toda a população brasileira.

Área

903.357,908 km² é a área do Mato Grosso, que equivale a aproximadamente dez vezes o tamanho de Portugal.