Um topógrafo pode fazer uso de técnicas de sensoriamento remoto em campo?

Para responder a esta pergunta, primeiro vamos à definição de sensoriamento remoto: segundo a versão mais recente do tópico na Wikipédia, a enciclopédia online que é atualizada e complementada constantemente, “sensoriamento remoto (também conhecido como detecção remota ou teledetecção) é uma técnica de obtenção de informações sobre um objeto, uma área ou fenômeno no planeta Terra, sem que haja contato físico”.

Dessa forma, se a definição for levada ao pé da letra, a medida com um distanciômetro eletrônico pode ser considerada como sensoriamento remoto, assim como o uso de estação total sem prismas.

Porém, a teledetecção vem aos poucos entrando na área de levantamentos de campo de outra forma, através da já popular fotografia digital, mas principalmente com o uso de laser scanning. Esta ferramenta permite executar medições de áreas e estruturas que antes seriam impossíveis de serem acessadas ou mapeadas com grande detalhamento e em pouco tempo.

Na matéria de capa desta edição, apresentamos alguns detalhes sobre esta técnica e exemplos práticos do que já está sendo feito no mercado, principalmente nas áreas de mineração, estradas e óleo&gás. Fique ligado a esta nova era dos levantamentos, não só de campo, mas de tudo o que é possível ser mensurado tridimensionalmente.

Destaques desta edição

Veja na seção Lançamentos os equipamentos para topografia e geodésia que devem chegar ao Brasil nos próximos meses, e no Navegando a cobertura do GEOBrasil Summit 2007, que aconteceu entre os dias 17 e 19 de julho em São Paulo, com organização da Alcantara Machado e da Reed Exhibitions, patrocínio da Petrobras, apoio da Caixa Econômica Federal, divulgação da MundoGEO e coordenação técnica do engenheiro cartógrafo Emerson Zanon Granemann.

Na seção Fique Ligado fazemos um apanhado das mais recentes discussões sobre a Resolução 1.010/2005 do Confea, que tem literalmente tirado o sono de engenheiros, geógrafos, arquitetos, geólogos e agrônomos, entre outras classes profissionais.

Na coluna Agrimensura, o autor apresenta considerações sobre o processamento dos dados em levantamentos com tecnologia GNSS, enfatizando a análise e o ajustamento dos dados.

A lei e o decreto que tratam do desmembramento de imóveis estão na coluna  Georreferenciamento de Imóveis Rurais, que dá continuidade à solução de dúvidas dos profissionais que trabalham com georreferenciamento de acordo com a norma do Incra.

Nesta edição, a seção Fórum muda de foco e inicia uma discussão sobre o mercado de trabalho de geógrafos, agrimensores e cartógrafos, com o primeiro de uma série de textos de profissionais ligados a associações de classe.

Na seção Passo a Passo, o software em questão é o DataGeosis, com dicas sobre cálculo de Modelo Digital de Terreno (MDT) e geração de curvas de nível.

Uma das grandes preocupações dos profissionais de campo, hoje em dia, é o roubo de equipamentos topográficos e de geodésia. Freqüentemente somos informados sobre ocorrências, através de listas de discussão e fóruns. Também prestam valiosos serviços a empresa Embratop, que possui em seu site um cadastro de equipamentos roubados, e a Corretora York, que envia comunicados à sua base de dados quando há alguma ocorrência. Veja nesta edição um artigo esclarecedor sobre este tema.

Eduardo Freitas Oliveira
Editor da revista InfoGNSS Geomática
eduardo@mundogeo.com