Os usuários das tecnologias de levantamento topográfico e cadastral possuem algumas ferramentas para aumentar a produtividade de seus trabalhos, sendo que uma das principais é o uso da codificação das feições levantadas. O uso de códigos em campo serve não só para minimizar o tempo de levantamento, mas também para reduzir o tempo dedicado à produção de plantas e mapas no escritório. Afinal, o objetivo de qualquer serviço de levantamento é gerar um produto final, reproduzindo as características das feições de forma realista e precisa. É por essa razão que a codificação nos receptores GNSS e Estações Totais deve ser extremamente flexível, permitindo aos operadores trabalharem da forma mais conveniente em campo.

Além disso, a flexibilidade da saída de dados dos programas internos dos equipamentos, com arquivos de formato configuráveis, deve permitir que os dados codificados sejam importados pela maioria dos programas CAD, de modo que o desenho possa ser gerado da forma mais automática possível. O uso de códigos em campo possibilita também a visualização do levantamento em um mapa (apresentado no visor de alta resolução na controladora ou no teclado) durante a sua realização.

CódigosO uso de códigos também facilita a geração, no sistema CAD, de “layers” que podem também ser chamados de “grupo de códigos”, com várias aplicações. Layers típicos podem ser de vegetação (para feições como árvores, arbustos, etc.), estradas (para feições como limites da faixa de rodagem, meio-fio, etc.), por exemplo. A maioria dos programas CAD lidam com layers de forma similar, permitindo diferentes atribuições a diferentes símbolos, cores e tipos de linha. Essa atribuição é feita através do código, que indica ao programa CAD que o ponto levantado pertence a determinada categoria.

Os códigos propriamente ditos não são uma novidade. As inovações nos equipamentos, relacionadas à codificação, apresentam-se na forma do acesso às listas.

Por exemplo, pode-se atribuir uma descrição ao código, sendo útil em listas extensas quando os números são usados para representá-los, que são os chamados QuickCodes. A ferramenta permite que os códigos sejam atribuídos digitando-se um mínimo de caracteres, e ainda com a finalidade de medição e gravação de pontos de uma feição. A descrição pode então ser vista no campo, durante o levantamento dos pontos. Em cada código, ainda podem ser criados diversos atributos, permitindo a gravação de informações adicionais sobre o ponto levantado. Por exemplo, um ponto poderia simplesmente ser codificado como uma árvore, mas usando os atributos permitiria gravar a condição, a espécie, a altura, etc..

Mas a maior e mais inovadora forma de acesso aos códigos se deu com o desenvolvimento dos chamados SmartCodes. Basicamente, é um modo mais rápido de selecionar um código para o ponto a ser levantado. Os códigos são apresentados na tela na forma de botões, facilitando sua seleção e agilizando essa etapa do trabalho.

WildOs equipamentos da Leica Geosystems, representados no Brasil com exclusividade pela WILD Comercial, dispõem dos melhores recursos de codificação do mercado. Sem contar no X-Function, um sistema de integração da base de dados entre receptores GNSS e Estações Totais, permitindo que os equipamentos sejam operados da mesma forma, inclusive na geração e utilização dos códigos.

Gustavo Cruz da Silveira
Engenheiro cartógrafo
Coordenador técnico
WILD Comercial
gustavo@wildcomercial.com.br

Fernando César Dias Ribeiro
Engenheiro civil
Gerente de produtos
WILD Comercial
fribeiro@wildcomercial.com.br