A idéia de usar o monitoramento por satélite para acompanhar a extração madeireira na região amazônica, defendida pelo presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Marcus Luiz Barroso Barros, deve ser testada na prática em agosto.

Naquele mês as quatro madeireiras com atuação nos Estados do Amazonas e Pará começam a participar de um projeto-piloto conduzido pelo programa Pró-Manejo, do Ibama e PPG-7. Se tudo correr como planejado, técnicos esperam que, a partir do próximo ano, toda as empresas passem a ser obrigadas a atuar com equipamentos que permitam o acompanhamento à distância. O projeto vai abastecer centros informatizados com dados sobre as várias áreas de manejo florestal. Nos arquivos constará, por exemplo, a área em que a extração será feita, o volume e a espécie da madeira extraída.

Também serão registrados os percursos que o caminhão de transporte terá de fazer até chegar nas serrarias ou laminarias. Ao embarcar no caminhão, o motorista terá de registrar em um computador de bordo várias informações solicitadas. Isso substituirá as guias de autorização de transportes florestais. Além do computador de bordo, o caminhão terá de ser equipado com uma antena, que permite o rastreamento por satélite. O problema está no custo desse trabalho, pois as empresas terão de gastar cerca de R$ 10 mil a R$ 12 mil pelo novo equipamento.