As imagens dos satélites NOAA, utilizados no monitoramento orbital de focos de fogo, mostram a progressão dos incêndios em Roraima.

Os mapas do mês de fevereiro e das duas primeiras semanas de março, processados pela Embrapa Monitoramento por Satélite (CNPM), com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), confirmam que as principais concentrações de focos estiveram localizadas sobre as regiões de lavrados e floresta aberta, nas terras mais baixas do centro-sul do estado. O total de fevereiro, em Roraima, foi de 1277 focos, o equivalente a 50,5% das 2.525 queimadas detectadas no território nacional. Entre 1 e 7 de março, foram 723 pontos de fogo e, entre 8 e 14 de março, 683. Ou seja, Roraima já soma 1406 focos, o equivalente a 71% do total brasileiro (1979 focos) registrado neste mês.

O pico dos incêndios parece ter ocorrido mesmo na primeira semana de março, já que, nesta segunda semana, houve uma ligeira queda dos índices. Mas a consolidação de tal tendência ainda depende do início efetivo da estação chuvosa, esperada para a próxima quinzena. Sem chuvas fortes, os bombeiros não conseguem debelar os incêndios. Durante estes 45 dias, desde o início de fevereiro, os satélites registraram um deslocamento dos focos de fogo na direção norte.

Boa parte dos focos manteve-se no eixo da estrada Manaus-Caracaraí-Boa Vista (BR-174) e ao longo das margens do médio e baixo Rio Branco, onde há mais ocupação humana.

As informações são da Agência Estado.