Em setembro, o índice de focos de fogo foi quase duas vezes maior do que o total de agosto: 57.892 pontos ou 94% a mais do que os 29.778 focos do mês passado.

As imagens dos satélites NOAA, processadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Embrapa Monitoramento por Satélite (CNPM), revelam também uma expansão das principais concentrações de fogo no sentido Leste-Oeste, com as chamas dominando a paisagem em praticamente todo o Brasil Central.

O estado recordista continua sendo o Mato Grosso, com 16.136 focos ou 28% do total brasileiro. Em seguida, no ranking da fumaça, vem o Pará (7.538 focos), Tocantins (6.125), Maranhão (5.157) e Bahia (4.683). Fora de época, como resultado de uma estiagem excessivamente prolongada, em sexto lugar vem Minas Gerais, com 4.254 focos, um índice impressionante para um estado que em agosto havia registrado 754 focos, praticamente cinco vezes menos. Concentrações importantes ainda ocorreram no interior do Paraná, oeste da Bahia e sertão do Piauí, Ceará e Pernambuco.

As atenções estiveram especialmente voltadas, durante todo o mês, para os incêndios em unidades de conservação, que cresceram de modo assustador e atingiram grandes porções de parques e reservas de importância biológica. No Jalapão (Tocantins) denúncias de entidades ambientalistas consideraram vários incêndios como criminosos, resultado de disputas fundiárias.

As informações são da Agência Estado.