O governo brasileiro vai reativar ainda neste ano o programa do VLS (Veículo Lançador de Satélites), parado desde a explosão do foguete no Centro de Lançamento de Alcântara (MA) que matou 21 técnicos que preparavam seu lançamento, em 22 de agosto do ano passado. Segundo o ministro da Defesa, José Viegas, o programa será retomado de onde parou, mas com uma diferença importante: será adicionada tecnologia estrangeira ao VLS.

"As conversas estão avançadas com a Rússia e a Ucrânia", disse Viegas, referindo-se aos principais fabricantes de foguetes fora do eixo EUA-União Européia. Diferentemente do que se chegou a especular, Viegas afirma que não haverá compra de um lançador pronto.

"Será aplicada tecnologia já existente ao projeto brasileiro, sobre o nosso foguete como está", disse. Não haverá tampouco uma mudança mais profunda na concepção do VLS, como a substituição do combustível sólido pelo líquido, tecnologia mais complexa e eficiente para a inserção precisa de satélites em órbita.

Os termos do eventual acordo com russos ou ucranianos ainda não estão fechados, mas o MCT tem discutido o tema mais a fundo com a Ucrânia.